segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A menina sonhadora (parte 2)

PARTE 1: http://clarissaramos.blogspot.com/2018/12/a-menina-sonhadora-parte-1.html


Mas Amanda não sabe que um coração destruído não é nada atraente.


E que isso não tem a ver com a sua aparência. As pessoas ao redor tentaram dizer que tem a ver, mas na verdade, não.


Foi assim que o Criador sonhou com ela. Dessa forma, desse jeito.
Mas a menina sonhadora, com seu coração destruído, sente pena de si mesma e afasta todos à sua volta.
Na verdade, ela não se conforma de ser como é, de estar como está.


Afinal, por mais que tente, todos são melhores que ela.
As pessoas conquistam, as pessoas avançam, mas Amanda continua parada. Ela não se sente digna de ser amada.


Certo dia, em meio à tristeza solitária, a menina sonhadora, que na frente de todos é sorriso, começa a olhar para cima.
E ela enxerga quem sempre esteve lá: o Criador.


Foto: Samuel Lima (Instagram: @photo.samuel_)


O sorriso amoroso, o olhar cativante, os braços abertos, prontos para o maior abraço do mundo. O abraço de quem a conhece melhor do que ela mesma. Afinal, ele estava no princípio, Ele que a criou.
Envolvida pelos braços quentes, a menina sonhadora esqueceu de tudo.
Não precisava de mais nada. O mundo estava ali, naquele momento.


O calor do Criador foi restaurando o quebra-cabeça da vida.
Cada pela suja, amassada ou quebrada foi sendo refeita pelas mãos de quem as criou.




Cada pergunta não respondida, não precisava de resposta.
O olhar do Criador dizia: “Eu estou aqui e tudo vai ficar bem.”
E aquilo era tudo o que ela precisava.
E enquanto aquele jogo de quebra-cabeças ia sendo arrumado, ela conseguia entender o que se formava.


Seus sonhos foram sendo reconstruídos.


E quando tudo estava pronto, Amanda sai daquele momento, não mais como a menina sonhadora.


Agora ela é a menina que realiza sonhos.


A menina que realiza sonhos agora entende que tem um Criador.
Ela sabe que o seu Criador é um Rei e que o Rei é seu pai.


Amanda, a menina que realiza sonhos é uma princesa!


Uma princesa não se compara a outros.
Se Amanda tem a capacidade de sonhar, ela tem a capacidade de realizar seus sonhos.


O quebra-cabeças agora está como novo.
A princesa agora decreta que nos seu coração habita um rei e que somente esse Rei pode abrir a porta. A porta que já não mais está aberta, mas está fechada, do lado de dentro. As chaves estão nas mãos do Rei.


Se Ele a criou, Ele sabe o que é melhor para ela.


Agora, Amanda se sente digna de ser amada.


A menina que realiza sonhos, se olha no espelho e vê no reflexo alguém que ama e que pode ser amada.


O sorriso já não é mais para esconder a tristeza. É um sorriso cativante, que brilha a luz do Rei.


“Como Amanda mudou”, os outros pensam.
Mas não, ela não mudou. Ela só passou a se ver como o Rei a vê.
Ela é a mesma, mas agora sabe que é princesa.


A princesa não busca ser amada. É natural.
Ela é observado.


Tudo natural…


E naturalmente, certo dia, o Rei coloca a chave na fechadura.
A porta vai ser aberta a qualquer instante.


Devagar, a porta se abre.
De uma pequena fresta aparece quem foi escolhido pelo Rei.
Amanda deixa aquele escolhido se aproximar.
A menina que realiza sonhos permite se entregar.
O Rei abre a porta para o escolhido entrar.


Casa arrumada, ele entre e se estabelece.
Com a delicadeza de um príncipe.
A decisão de um homem.


A menina sonhadora,
Já não é a menina que realiza sonhos,

Junto ao escolhido do Rei, ela é a menina que teve seus sonhos realizados.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

A menina sonhadora (parte 1)


E aquele quarto, todas as noites abrigava a menina sonhadora. Em meio aos lençóis rosas, ursos de pelúcia e poesia, ela já não era mais uma adolescente, mas ainda não tinha desistido de sonhar.

Sonhar com o final feliz, que não precisa ser igual dos filmes. Só precisa ser feliz. Sonhar com o príncipe, que não precisa ser igual aos contos de fada. Só precisa encontrá-la.


A menina sonhadora junta as peças do quebra-cabeça todos os dias. O quebra cabeça tem um Criador e é o Rei. Aquela menina não sabe disso, não sabe que é filha do Rei e que Ele é quem sabe montar o quebra-cabeça. Ela tenta encaixar as peças, mas não consegue. De vez em quando, surge alguém, espalha tudo novamente e o trabalho recomeça.


Mas ela é filha do Rei e não entende que o desenho final, só Ele conhece. Ela é inocente. Pobre menina sonhadora. Não sabe que nem precisava se esforçar. Ela não entende que não precisa “quebrar a cabeça” para construir o quebra-cabeça de sua vida.



Tão triste ver as peças espalhadas.

Foto: Samuel Lima (Insta: @photo.samuel_)


Elas se espalham quando a menina sonhadora, que é uma princesa e não sabe, se olha no espelho. O reflexo a faz lembrar que ela não é parecida com as moças bonitas da revista. Seu cabelo não é tão liso e o formato de seu corpo nada tem a ver com a “perfeição” das mulheres da TV.

“Ah, como eu queria ser igual àquela atriz”, sonha a menina sonhadora. Mas, isso não é possível. O formato do seu corpo, o seu cabelo, o nariz, criados pelo Criador, são só dela. Não tem ninguém igual a ela. 



Mas toda essa diferença bagunça as peças da vida. “Como o príncipe vai me encontrar assim? E quando ele me encontrar, é claro que vai preferir que seja mais parecida com a modelo da revista.”



 

E que trabalho o Criador tem para juntar essas peças. Por mais que ele tente explicar, a menina sonhadora só consegue ouvir a TV, a revista, a internet e as pessoas ao redor. Como fazê-la entender que ela é linda do jeito que é. Como explicar que, quando ela entender isso, mais bela ainda ficará e mais forte brilhará e o brilha ajudará o príncipe a encontrá-la.


Mas as peças foram pisoteadas, espalhadas e sujas durante anos. Ela ouviu o que não deveria ter ouvido e a fizeram sentir coisas que não deveria ter sentido.


São tantas peças, as peças da vida.


Quanto trabalho o Criador tem para juntá-las quando a própria menina é culpada por bagunça-las.



Peças desarrumadas de um coração bagunçado.


A menina sonhadora, aqui chamaremos de Amanda. Amanda tem como significado “digna de ser amada”. Amanda pode ser qualquer menina sonhadora, em qualquer parte do mundo. Todos sonham e, principalmente, todas são dignas de serem amadas.

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O problema é que nem todas sabem disso.


E, como Amanda, correm atrás de um amor. Ela não sabe que o amor é que tem que correr atrás dela.


Amanda vive como se não tivesse significado.

Implora pelo amor de quem não tem amor para oferecer. Amanda não sabe de nada e o Criador chora ao vê-la chorar. Mas ela acha que está certa.



O coração da menina sonhadora é tão frágil que a porta já fica aberta para quem quiser entrar.



O Criador gostaria de ser o porteiro, mas a menina acha desnecessário.


Então ela deixa alguém entrar e fazer morada. Ele entra, desarruma o coração já despedaçado. Ele entra, mora por muito tempo e sai, sem nem ao menos ter consciência da bagunça que fez.


E isso acontece uma, duas, três, quatro vezes…



E as peças daquele frágil coração, que estavam desorganizadas, agora estão ainda mais em pedaços.




Mas, Amanda ainda acha que é a dona do próprio coração.

O Criador tenta falar com ela que Ele pode ajudar.


Mas ela não ouve.


Ela não quer ouvir...


E se pergunta: "Porque tudo acontece com quem está ao meu redor, e nada acontece comigo?"


(continua...)

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Eleições 2018: o efeito Bolsonaro

Recebi a imagem em um grupo (hahaha) deve ser print de alguma das lives.
À esquerda de Bolsonaro, está a esposa, Michele. À direita, uma intérprete de Libras

 Que a internet mudou a forma de fazer muita coisa, todos nós sabemos. Mas a transformação que ela realizou na campanha eleitoral deste ano, talvez ninguém pudesse prever. Concordam que o período eleitoral deste ano foi completamente atípico?









Vou chamar a discussão em torno do efeito-causa da internet na campanha, de “efeito Bolsonaro”. 


O novo e o velho: o que mudou?

Não estou falando de preferência política. Quero falar de uma nova forma, quase “sem querer” de fazer propaganda eleitoral. A minirreforma eleitoral já promoveu algumas mudanças e restringiu período (de 90 para 45 dias), dinheiro (proibiu financiamento por pessoas jurídicas) e material para os candidatos (agora não pode fazer um monte de coisa como, por exemplo, plotar o carro inteiro, pintar muros etc). Isso já gerou uma necessidade de transformação na maneira de fazer campanha. Não vimos tanto material sendo distribuído nas ruas, por exemplo, afinal, os gastos deveriam ser menores e o papel se tornou um meio com pouca eficiência e credibilidade. Os candidatos focaram bastante na internet. E ela foi primordial para os resultados. Com pouco dinheiro e pouco tempo na televisão, só restava o uso do meio de comunicação que alia alcance direto e barato com o público.

A televisão e o rádio aliás, que eram meios importantes para se conhecer o candidato, mostraram-se praticamente ineficazes. Não pelas notícias em si, mas pelo horário gratuito que, distribuído aos partidos políticos de acordo com presença na Câmara, tornava-se injusto, inclusive. Na TV, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) tinha tempo suficiente para gastar criticando adversários, Jair Messias Bolsonaro (PSL), com seus oito segundos, apresentava somente uma foto com nome, número da legenda e slogan. Era menos tempo que os candidatos ao legislativo. Não era possível depender somente disso. E Alckmin, mesmo com essa estratégia, manteve desempenho muito abaixo do esperado durante todo período de campanha..

Para Bolsonaro, o trabalho com as redes sociais vinha sendo feito progressivamente há alguns anos. Inclusive, com três cabos eleitorais efetivos: Carlos, Flávio e Eduardo, filhos do capitão. Jovens e eleitos para cargos políticos, foram importantes para a campanha do pai e a presença na internet. Carlos é vereador no Rio de Janeiro, Flávio, senador e Eduardo, deputado federal.


Da água turbulenta para o vinho da comemoração

No entanto, tudo mudou a partir de um acontecimento quase cinematográfico: um atentado com faca no meio de uma multidão, durante a campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. O fato aconteceu no dia 6 de setembro. Coincidentemente, uma data simbólica, visto que era véspera do feriado em comemoração à Independência do Brasil (quer mais “patriota” que isso?”) e um mês antes do primeiro turno das eleições. A partir daí, durante a internação, a campanha passou a ser feita pelos filhos, por eleitores e totalmente voltada para as redes sociais. Os eleitores faziam posts do tipo: “Descansa, capitão, estamos fazendo a campanha por você.” Foram dois grandes procedimentos cirúrgicos e uma bolsa de colostomia que o acompanhará até dezembro ou janeiro. Foi eleito e, talvez, ainda esteja com a bolsa durante a posse. No entanto, vida que segue. Após perder 15 kg e ficar visivelmente debilitado, hoje, se recupera.






Internet: voz do povo e voz para o povo

Antes do atentado, Bolsonaro já estava em primeiro nas pesquisas. No entanto, o acontecido parece ter impulsionado a campanha. Particularmente, a impressão que tive é que muitos que estavam retraídos por serem eleitores do militar reformado, “saíram do armário”. As pessoas começaram a fazer campanha em suas redes sociais e, até mesmo, vídeo com música e dança em homenagem à Bolsonaro surgiu. Meus contatos virtuais estavam divididos, mas quem era 17, se dedicou à campanha. Alguns postavam o dia inteiro no face e, principalmente, nos stories do whatsapp. No whatsapp, grupos com mais de 200 pessoas, frenéticas, comentando o que rolava pelas redes. Conheço gente que estava em cinco de uma vez (eu não aguento não rs).

Quando chegou em casa, já no final do mês, faltando pouco tempo para as eleições, a estratégia utilizada por Bolsonaro foram as “lives”, vídeos ao vivo, transmitidos pelas redes sociais. Lá estava o candidato acompanhado de outras pessoas e de uma intérprete de Libras, em uma mesa, com cenário improvisado. Bem diferente das super produções, até românticas, que estamos acostumados nas propagandas eleitorais da televisão. Era quase um bate-papo, de alguns minutos, muitas vezes, abordando os temas que surgiam na imprensa e na internet por aqueles dias. E assim, dia após dia. Anunciava o horário, entrava ao vivo e conversava com o público.

No instagram e no twitter, bem ativo, fazia posts sobre decisões, explicações e propostas de campanha. E era dali que a imprensa recolhia as informações. Enquanto os outros candidatos estavam na rua, seguidos por repórteres e dando entrevistas, foram poucas vezes que Bolsonaro falou para a imprensa. A escolha foi a campanha direta com seus seguidores/eleitores.

No primeiro turno, não foi aos debates no primeiro turno por orientação médica. Mas, quando liberado, escolheu não ir também. Estratégia (já estava com ampla diferença para o opositor) ou saúde (afinal, seriam momentos de tensão e muito tempo em pé, falando)? Um ou outro, o debate não interferiu no resultado. Se interferiu, não chegou a atrapalhar. Bolsonaro venceu as eleições com pouco mais de 55% dos votos. E, como presidente eleito, está montando seu ministério. E qual meio ele utiliza para divulgar suas decisões? As redes sociais. E ainda deixa claro que ali é o seu meio oficial de informações.




Tudo mudou… é preciso mudar!

A forma de se comunicar mudou e isso está sendo levado para todos os níveis da sociedade. Quando cursei Jornalismo, há mais de dez anos, o Facebook nem era conhecido no Brasil e os celulares não possuíam internet e aplicativos, eram basicamente para fazer chamadas e enviar SMS. Hoje temos um computador na palma das mãos: instrumento poderoso para informar e ser informado, porém, com bastante cautela.


Além de Bolsonaro, outros candidatos que possuíam pouco tempo na televisão, inclusive candidatos ao legislativo, também “enviavam” os eleitores para a internet, sugerindo lives durante o horário eleitoral ou indicando a leitura do plano de governo em seus websites. Diferente dos meios de comunicação de massa, a internet nos permite acessar a informação conforme desejamos. Ao invés de todos assistirem o mesmo programa, ao mesmo tempo, eu consigo acessar um vídeo no YouTube ou uma live no Facebook/Instagram, sobre assunto ou pessoa que seja relevante para mim. E é isso que faz a diferença. Esta “diferença” pode ser boa ou ruim, dependendo de como ou por quem a informação é acessada.


Mais do que nunca, a internet se tornou extremamente relevante e, com certeza, nas próximas eleições, esse meio será visto como prioridade no momento de estabelecer as estratégias de campanha.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Ame ou odeie? x Ame ou odeie!

Em um mundo onde se prega a necessidade de tolerância, o ódio parece crescer cada vez mais.

Ao assistir as notícias, vemos o aumento do terrorismo, de passeatas que eram para ser pacíficas e acabam em brigas e destruição, intolerância religiosa e assassinatos cometidos aleatoriamente ou por aqueles que deveriam cuidar. Fato é, que as pessoas estão amando odiar.

No período de eleições esse ódio fica bem visível. Quem vota em A, acha que está certo e quem vota em B, acha que quem vota em A está errado. E é um círculo vicioso. Os "grupinhos" se formam e se unem para odiar uns aos outros. Quem prega a tolerância, se torna intolerante. Quem diz que o candidato X prega o ódio, xinga até a terceira geração dos eleitores dele. E assim vai... No fundo, as pessoas não são tolerantes com a opinião alheia. O país fica dividido. OKOKOKOK Eu tinha começado a escrever isso antes de um acontecimento trágico ocorrer. Vou deixar o que eu já tinha escrito lá embaixo... mas até saí do clima. Eu ia falar de "forma preventiva"... aí me acontece isso... aiaiaiaai.



O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) recebeu uma facada em pleno Calçadão da Rua Halfeld, em Juiz de Fora, Minas Gerais, na tarde da quinta-feira, 6 de setembro. Na véspera do feriado que comemora a Independência do nosso país, um candidato, em campanha eleitoral, sofreu um atentado. 



A ideia da democracia é que o poder está nas mãos do povo, o que significa que está nas mãos da maioria. E que vença o melhor! No caso das eleições, que vença o que conseguir convencer a maioria de que suas propostas são melhores. Se em uma democracia vence a maioria, um certo número de pessoas ficará insatisfeito. E nunca se sabe o que pode vir a acontecer com essa insatisfação.

Todos tem direito de protestar. O problema é como é feito o protesto. As pessoas tendem a levar para o lado pessoal. Protegem ou insultam o candidato como se fosse alguém próximo. Perdem amizades por conta dos poderosos que nunca vão nem apertar as mãos.

O voto pode sim mudar a realidade de uma nação. Mas vale a pena perder relacionamentos por isso? Vale a pena odiar alguém? Nada se ganha com ódio gratuito.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Garota, pare de se limitar!


Garota, este é um recado pra você! 
Pare de se limitar!


Você é mais, você pode mais, você merece mais!


Pare de mendigar likes e comentários. Pare de puxar assunto quando não tem o que falar só para ele não te esquecer.


Pare de se contentar com as conversas bobas e sem conteúdo só para conversar com ele.


Pare de se contentar com menos do que você pode ter. Pare de ouvir (ou ler) o que não quer só para manter o “contatinho”.




Escrevo isso por experiência própria e dos outros. Já ouvi amiga dizer que tinha que “tirar leite de pedra” para manter uma conversa. Eu também já fiz isso. Pense bem. Você é inteligente! Sabe falar sobre cinema, moda, política, educação e o que quer que desafie a sua mente. Você quer troca de experiências, de ideias, de alma. Estou errada? Mas, por pura carência, atura diálogos monossilábicos, sem importância ou que não dizem respeito a você. 


Crédito da foto: mamãe
Pare de se limitar. Corte o cabelo como quiser, vista-se como quiser, passe a maquiagem que quiser. Fique linda para você! Não deixe ninguém te limitar. 

Não deixe ninguém dizer o que ou quem você deve ser. Não faça dieta para ser mais magra para os outros. Quer fazer dieta? Que seja pela sua saúde ou para você se sentir melhor consigo mesma.


Pare de se limitar. Você não precisa se calar porque ali só tem homens. 

Você não precisa deixar de frequentar aquele ambiente porque só tem homens. 

Você não precisa ouvir o que não quer porque é mulher.


Garota, pare de se limitar. Você não precisa se vestir igual as outras. 

Você não precisa humilhar a outra garota para parecer melhor. 

Você não precisa ficar com todos ou com qualquer um para provar alguma coisa.


Pare de se limitar! 

Seja quem você é. Seja quem você deseja ser. Não seja quem os outros querem que você seja.



quinta-feira, 2 de agosto de 2018

“Anne with an E”: seriado ou obra-prima?


Confesso que desde que encontrei “When Calls the Heart” nos “porões” da Netflix, estou apaixonada por seriados do tipo. Assim como a citada anteriormente, “Anne with an E” é uma série canadense e que se passa num período do início de 1900 lá no interior do Canadá, o que indica uma fotografia belíssima. Mas vamos lá falar sobre “Anne…”.


É claro que a Netflix iria me indicar. A Netflix me entende! hahahahha Concorda? Eu amo séries de época. E, não somente isso. É uma produção lindíssima, com uma história profunda e uma “pegada” super inocente. É para toda família! A série é baseada no livro “Anne de Green Gables”, de Lucy Maud Montgomery (1908), adaptado por Moira Walley-Beckett, produzida originalmente pelo canal canadense CBC e distribuída pela Netflix.


“Anne” me lembra muito a história do livro “Pollyana”, de Eleanor H. Porter, de 1913, com a menina órfã que via o lado bom de todas as coisas, com seu “Jogo do Contente”. Anne veio antes, mas é bem parecida com Pollyana. Ambas são órfãs, muito alegres e cheias de vida.

Lembrei de vir escrever sobre a série, pois li notícias sobre o possível cancelamento. Não acho justo! hehehehe (como se minha opinião fosse fazer uma grande diferença para impedir, né? rs)



Uma menina com muita imaginação. Esta é Anne Shirley, que chega por acaso na fazenda Green Gables. O casal de irmãos esperava um menino para ajudar nos trabalhos da propriedade, mas não tiveram coragem de devolver a órfã e receberam a menina, com um perfil completamente diferente de tudo o que tinham imaginado. A garotinha ruiva, de longas tranças e olhos azuis é interpretada por Amybeth McNulty, uma atriz com pouca idade e muito talento.



A história é temperada por lindas paisagens e figurinos, uma obra-prima! Além disso, a história é envolvente, as atuações são excepcionais e abordam assuntos importantes, tais como o amor de família, a amizade pura entre crianças, o preconceito, entre outras. “Anne with an E” possui duas temporadas disponíveis na Netflix. Vale a pena dizer também que existe uma grande evolução entre a primeira e a segunda temporada, uma evolução na história e na densidade dos temas desenvolvidos. A segunda temporada aprofunda assuntos como bullying, racismo, primeiro amor, puberdade etc. Personagens entram e alguns saem.


A sensibilidade em todos os sentidos desta produção é apaixonante. Uma série com história envolvente e, ao mesmo tempo, inocente, mesmo quando aborda temas complexos. “Anne with an E” é um seriado que vale a pena assistir e decidir se é uma simples série ou uma obra-prima. Assiste lá e depois vem me contar o que achou!




Fonte: Google Imagens, guiadanetflix.com.br e mixdeseries.com.br

domingo, 22 de julho de 2018

O tempo mostra suas marcas na pele






Fui tirar uma selfie de manhã, sem pele preparada, ou seja, sem base, sem corretivo
e nada que disfarçasse as imperfeições da pele. 
É assim que ando todos os dias. Pele limpa, hidratada, mas livre de produtos corretivos. 
Passo rímel, corrijo a sobrancelha e, quando tô a fim, passo um batom. A selfie de hoje foi
justamente por causa do batom. Comprei um rosa choque recentemente e estou usando
durante o dia (rsss…) Super discreto, sabe?

Então, quando fui conferir a foto, levei um susto. Como a minha pele está cheia de marcas. 
Vários pontinhos que não existiam anos atrás. Muitas marcas que surgiram com o tempo,
com o sol, com os produtos, com as espinhas (que nunca resisto e espremo mesmo).
Fiquei realmente espantada. Talvez porque nos olhamos muito rapidamente na correria
do dia a dia. Talvez porque quando vou maquiar, me preocupo em cobrir, mas não presto
atenção que elas estão lá. Talvez porque são tantos os filtros que nos são oferecidos nas
redes sociais, que já sabemos que elas não irão aparecer.

Mas, nem sempre as marcas significam algo feio. Não sei se é uma questão psicológica,
mas passei a reparar rugas nos meus olhos, que eram mais fáceis de maquiar.
O corpo vai mudando, e não é só o rosto.
Mas tudo muda, não? Até mesmo objetos “envelhecem”. 
O processo de envelhecimento pode ser retardado com produtos e cuidados, mas nunca,
interrompido. 
As marcas estão lá para nos mostrar que o tempo passou. E isto não é algo ruim.
O tempo passou e ele é um professor que nos ensina.

Podemos analisar cada marca como um aprendizado, como uma experiência. 
As marcas no rosto mostram o quanto ficamos no sol. As marcas no corpo mostram os
momentos que vivemos. Uma marca de cesária mostra que você deu a luz à uma nova vida. 
Uma cicatriz de operação mostra que você sobreviveu. No meu caso, tenho cicatrizes nas
pernas, por causa de quedas de bicicleta, e um buraco na testa, por cair de uma árvore.
Elas indicam que eu tive uma bela infância. Cada marca tem um motivo especial,
bom ou ruim, mas que indicam como nos tornamos o que somos hoje.

Olhe suas marcas com carinho. Olhe seu corpo com amor.
Você está vivo e as marcas indicam o quanto já viveu. 
Seu corpo é um presente, que guarda um grande tesouro: você!

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Amizade na vida real





Falar de amizade pra mim talvez seja uma das coisas mais complexas e difíceis. Já vivi tantos problemas em relação a amizade que é difícil até contabilizar. Foram traições, fofocas, falsidades... eu deveria desacreditar da amizade. Hoje sou bem mais solitária do que já fui um dia. Seleciono e sei diferenciar o amigo de um colega.

Tento fazer amizades, mas não fico me torturando para mantê-las. Bons amigos não vão embora. Podem se afastar, mas quando estão perto, é como se nunca tivessem ido. Bons amigos sabem elogiar, mas sabem criticar. Amizade é uma troca.

É bem diferente do que vivemos com as redes sociais atualmente, onde tudo é foto e alegria, mas na vida real, nos falta companhia. Temos milhares de amigos nas redes sociais na internet e vivemos sozinhos fisicamente. E aí, surge a reflexão que gera a poesia.


Amizade é aquele relacionamento de troca.
Momentos bons, momentos ruins, mas que são sempre de troca.
Amizade não suga o outro.
Amizade sustenta.


Amizade, um ouve,
E quando o outro precisa,
O outro ouve.

É troca
É parceria
É convivência.
É crescimento.


Amizade é necessidade
Necessidade de ter alguém
Pra ouvir e ser ouvido
Pra falar sério e pra brincar
Pra rir e pra chorar.


Amizade é troca.
Troca de piadas.
Troca de perdão.
Troca de carinho.
Troca de oração.


Amizade alimenta a alma
E satisfaz o coração.



Poesia by me! Clarissa Ramos

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Breve reflexão sobre o nascimento do machismo

Do Google

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pv 22:6

Eu não sou de discutir assuntos polêmicos nas redes sociais. Não me sinto expert em nada e não quero entrar em discussões desnecessárias ou perder amigos por coisas ou pessoas que não valem a pena. Mas algo aconteceu, me marcou e terei que comentar sobre o assunto.




Estava eu em um lugar, ambiente de trabalho, assistindo uma partida de futebol. Tinham dois meninos (mais de 20 anos) e mais dois meninos crianças (8 e 9 anos) e eu, que estava ali a trabalho, mas curtindo a partida, porque eu também gosto de esportes. Certo momento, eu levante, peguei um batom, voltei pra pra assistir a partida, passando o batom. O menino de 8 anos olhou pra mim e falou: "Tia, para de passar batom, aqui é coisa de homem." Eu não acreditei no que estava ouvindo. Eu ri no momento, pois era uma criança. Mas aquilo me marcou profundamente.

Depois fiquei refletindo sobre o que será desse menino quando ficar mais velho. Não, eu não estou de mimimi, pois o resto do tempo que passei com ele foram vários maus comportamentos. Comportamentos que mostravam uma criança mimada, que acha que todo mundo é "funcionário" dele e tem aquela visão tradicional de "coisas de menino" e "coisas de menina" e extremamente competitivo. É óbvio que aprendeu isso com os adultos com os quais convive.

É um menininho lindo, mas tenho medo do adulto que poderá se tornar se continuar sendo educado dessa forma. E porque eu vim comentar isso? Justamente para falar que o machista de hoje, foi a criança mal educada de ontem. O ambiente que crescemos, forma o nosso caráter.

Que visão que a criança teve do pai tratando a mãe, por exemplo? Quais são as respostas oferecidas para as perguntas dessas crianças... Esta situação me levou à reflexão. Achamos que as coisas que vem das crianças "espertinhas" são "fofas" e não pensamos no futuro. Mas o futuro pode se tornar bem perigoso.