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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

DECEPÇÕES E SURPRESAS NA NETFLIX

Ahhh tem tempo que não venho indicar nenhuma série por aqui, não é? 
É porque ultimamente está difícil achar algo que seja realmente digno de indicação ou porque 
acabou passando batido ou porque ainda estava insegura se valia a pena indicar. 

Após finalizar Friends pela 1847182374ª vez, fiquei sem rumo na vida dos seriados. 
Como, normalmente, assisto séries antes de dormir e raramente tenho aquele tempão para assistir 
coisas longas e pesadas, gosto de séries levinhas. E aí que vem a maior dificuldade. 
No entanto, nesse tempo que fiquei sem indicar nada, já encontrei algumas opções ou deixei 
de indicar algumas antes e vou deixar a lista aqui abaixo.

Vou começar por THAT´S 70´S SHOW… que me foi indicada por uma página ligada à Friends. 
É sobre um grupo de amigos adolescentes, que estão sempre reunidos no porão de um deles, 
na década de 70. 
A série tem oito temporadas e foi exibida entre 1998 e 2006. 
Algo legal demais é ver o Ashton Kutcher e a Mila Kunis bem novinhos. 
Vai desde a época de colégio, até o momento em que eles precisam decidir sobre a vida adulta. 
Os pais do personagem principal, Eric Forman (Topher Grace), também são bem presentes 
e rendem bons enredos. 

VIRGIN RIVER

Foto: Google images
 Essa foi minha maior surpresa recentemente. A série é original Netflix e muito maravilhosa. 
Aquela série drama/romance linda, com fotografia, cenários e atuações maravilhosas, 
inclusive de atores famosos em outras séries. 
A história é linda e conta com aquela pegadinha de “mudança de vida”. 
A personagem que sai da cidade grande em busca de novos ares no interior. 
No início é meio chatinho um tanto de flashbacks, mas depois a gente acostuma que tem
 que ter para poder entender a formação dos personagens. 
Enfim, é minha surpresa mais linda nos últimos tempos da Netflix… pena que só tem 10 episódios 
(acho que assisti em menos de uma semana, enrolando para não acabar) 
e não sei quando vem a segunda temporada. Mas a boa notícia é que foi renovada!

WHEN CALLS THE HEART

Essa eu já descobri tem alguns anos. Se passa no início do século, no interior do Canadá. 
A fotografia e figurino são “breathtaking”. É lindíssimo!! 
As histórias são lindas, leves e ainda assim com alguns toques de suspense. 
Uma série que tem muitas crianças você sabe, é uma série para a família toda assistir. 
Está é produzida pelo canal cristão Hallmark.
Me decepcionou um pouco na última temporada disponível na Netflix, aconteceram vários babados envolvendo atores (YouTube conta tudo pra gente, né?), mas nada que me faça deixar de querer assistir a sexta e última temporada, mas ainda esperando chegar na Netflix. Parece que eles conseguiram fazer uma reviravolta lá e ficar bom de qualquer forma. Foi um achado e que valeu super a pena!

OUTLANDER

Por saber que gosto de história, uma colega me indicou esta há bastante tempo. 
Comecei a assistir mesmo antes da Netflix. Depois, quando chegou no streaming, 
ficou bem mais fácil. A história é de uma inglesa que é transportada no tempo 
e chega na Escócia em 1743. É maravilhosa!!! 
Tem cenas pesadas de sexo e violência (algumas eu tinha que passar mesmo, porque não dava)... 
uma especificamente tem importância pro desenvolvimento do personagem. 
Os personagens passam por vários períodos importantes da história europeia e mundial. 
É muito interessante. Está na quinta temporada e aí é esperar a Netflix disponibilizar, 
o que ainda deve demorar um pouquinho, já que só começa a ser exibida na 
TV americana em fevereiro de 2020. 

CRAZY EX-GIRLFRIEND

Estou enrolando para assistir a season finale só para não ficar órfã da série. 
Essa foi daquelas que a Netflix fica indicando e a gente passa direto, sabe? 
Mas ela é muuuiitoooo legal. Também é naquela “vibe” de menina que sai da cidade 
grande e vai pro interior. Mas, nesse caso, a doida vai é atrás de um ex dela. 
É um musical com humor (negro, às vezes). Tem drama, tem comédia, tem romance, 
tem uma personagem principal muito complexa. 
A atriz principal Rachel Bloom também é uma das criadoras. 
O que mais me encanta na série é a criatividade pras músicas e temas. 
É hilário, inteligente, sarcástico. É muito legal! 
*Não assisti o final, pois fiquei enrolando e a Netflix tirou do catálogo.

FULLER HOUSE

A continuação de “Full House”, que marcou gerações, já chegou na quinta temporada 
e está muito boa. No início não achei que fosse durar tanto, mas realmente 
eles incrementaram as histórias e é muito delicinha de assistir. 
No início eles ficavam vinculando demais à série da década de 90, 
agora pararam um pouco com isso e deram “vida própria” aos personagens. 
Ficou mais gostoso de assistir e acho que por isso durou. 
Ela termina com cinco temporadas, mas ainda falta a Netflix lançar metade da quinta temporada. 
Vale a pena assistir. 

THE CROWN

Para quem é apaixonado por história e realezas, o que está fazendo que ainda não assistiu?? 
É a história da Rainha Elizabeth (a Betinha é quase uma imortal, né non?) da infância,
coroação, família, passando por momentos importantes da história do Império Britânico. 
Figurinos, cenários, atuações e fotografia impecáveis!! Está na terceira temporada e é original Netflix.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

“Anne with an E”: seriado ou obra-prima?


Confesso que desde que encontrei “When Calls the Heart” nos “porões” da Netflix, estou apaixonada por seriados do tipo. Assim como a citada anteriormente, “Anne with an E” é uma série canadense e que se passa num período do início de 1900 lá no interior do Canadá, o que indica uma fotografia belíssima. Mas vamos lá falar sobre “Anne…”.


É claro que a Netflix iria me indicar. A Netflix me entende! hahahahha Concorda? Eu amo séries de época. E, não somente isso. É uma produção lindíssima, com uma história profunda e uma “pegada” super inocente. É para toda família! A série é baseada no livro “Anne de Green Gables”, de Lucy Maud Montgomery (1908), adaptado por Moira Walley-Beckett, produzida originalmente pelo canal canadense CBC e distribuída pela Netflix.


“Anne” me lembra muito a história do livro “Pollyana”, de Eleanor H. Porter, de 1913, com a menina órfã que via o lado bom de todas as coisas, com seu “Jogo do Contente”. Anne veio antes, mas é bem parecida com Pollyana. Ambas são órfãs, muito alegres e cheias de vida.

Lembrei de vir escrever sobre a série, pois li notícias sobre o possível cancelamento. Não acho justo! hehehehe (como se minha opinião fosse fazer uma grande diferença para impedir, né? rs)



Uma menina com muita imaginação. Esta é Anne Shirley, que chega por acaso na fazenda Green Gables. O casal de irmãos esperava um menino para ajudar nos trabalhos da propriedade, mas não tiveram coragem de devolver a órfã e receberam a menina, com um perfil completamente diferente de tudo o que tinham imaginado. A garotinha ruiva, de longas tranças e olhos azuis é interpretada por Amybeth McNulty, uma atriz com pouca idade e muito talento.



A história é temperada por lindas paisagens e figurinos, uma obra-prima! Além disso, a história é envolvente, as atuações são excepcionais e abordam assuntos importantes, tais como o amor de família, a amizade pura entre crianças, o preconceito, entre outras. “Anne with an E” possui duas temporadas disponíveis na Netflix. Vale a pena dizer também que existe uma grande evolução entre a primeira e a segunda temporada, uma evolução na história e na densidade dos temas desenvolvidos. A segunda temporada aprofunda assuntos como bullying, racismo, primeiro amor, puberdade etc. Personagens entram e alguns saem.


A sensibilidade em todos os sentidos desta produção é apaixonante. Uma série com história envolvente e, ao mesmo tempo, inocente, mesmo quando aborda temas complexos. “Anne with an E” é um seriado que vale a pena assistir e decidir se é uma simples série ou uma obra-prima. Assiste lá e depois vem me contar o que achou!




Fonte: Google Imagens, guiadanetflix.com.br e mixdeseries.com.br

quarta-feira, 9 de maio de 2018

"Paulo, o apóstolo de Cristo": Vale a pena ir ao cinema?

O filme é de 2018. Imagem do Google Images,
 
Um filme sobre o Novo Testamento, a partir do livro de Atos, é coisa rara. Com exceção de vários filmes sobre o Apocalipse, poucas são as obras que contam a história de personagens bíblicos do Novo Testamento. Já assistimos diversos filmes, desenhos e seriados sobre as histórias dos personagens do Velho Testamento e sobre Jesus. Mas e Paulo? E Pedro? E João? E os demais apóstolos, durante a implantação da Igreja? E a História do início da Igreja? É certo que os relatos não são tão completos quanto os do Velho Testamento, por isso é necessária uma pesquisa histórica e teológica mais profunda para conseguir fazer uma produção assim.
 
As telas de cinema estão exibindo um filme que busca enfrentar esse desafio. O ator que apresentou Jesus em "A Paixão de Cristo", Jim Caviezel, é o produtor executivo e ator na produção "Paulo, o apóstolo de Cristo". O longa é dirigido pelo jovem diretor e roteirista Andrew Hyatt. Enquando Cavieziel interpreta Lucas, James Faulkner, que atuou em diversos filmes e seriados importantes, está maravilhoso como o apóstolo Paulo. 

O filme...

O filme se passa no período em que Paulo já passou por julgamento em Roma e se encontra na prisão. Lucas corre riscos para visitar o amigo na cela e terminar de escrever o livro de Atos dos Apóstolos. É claro que a produção contém licenças históricas mas, em geral, é bem fiel ao texto bíblico, com diversas citações de Paulo durante os diálogos. O pano de fundo é a loucura da perseguição do Imperador romanos, Nero, aos cristãos, como eles tentam se proteger e como eles pretendem sair da cidade. E, nesses momentos, as cenas são bem fortes. 

Paulo (James Faulkner) e Lucas (Jim Cavieziel)
 O roteiro também possui sua própria interpretação teológica acerca do tão discutido "espinho na carne" de Paulo. Confesso aqui que, com essa parte, apesar de emocionante, eu não concordei rsss... Tenho minhas próprias ideias acerca do tal "espinho", entre outras observações. Mas não vou dar spoiler aqui e quero que vocês observem se conseguem reconhecer isso no filme.  


Outra licença histórica está relacionada com a inserção do núcleo do personagem de Olivier Martinez, um prefeito do Império Romano, responsável pela prisão onde Paulo está guardado até a execução. Ele interage com Lucas e o apóstolo. O casal, Priscila (Joanne Whalley) e Áquila (John Lynch), conhecidos nas Escrituras por acompanharem o ministério de Paulo, também são importantes no longa.

O que achei...

O roteiro não é linear e pode se tornar confuso para quem não conhece o livro de Atos. Para quem está acostumado com o relato bíblico, é totalmente inteligível. O filme é recheado de flashbacks, o que gerou crítica da imprensa. A produção é mais voltada para cristãos mesmo. Não é possível contar tudo o que Paulo fez em menos de 2 horas. A história renderia uma linda série, com certeza.

Como cristã, super recomendo assistir esse filme. Todo cristão deve conhecer e ser impactado com a história da Igreja Primitiva, as perseguições pelo qual passava e a vida em amor e comunidade em que estavam inseridos. A partir do momento em que estamos confortáveis em nossas vidas, em que não somos confrontados por causa do nosso amor a Jesus, temos a tendência de nos acomodarmos e oferecermos a Deus uma adoração monótona. Porém, Ele pede "sacrifício de louvor". Você tem oferecido algum sacrifício a Deus??

"Paulo, o apóstolo de Cristo" nos lembra o quanto o apóstolo sofreu pela causa do nosso Senhor e o quanto nossos irmãos do primeiro século sofreram para que Palavra de Deus chegasse a nós, hoje. Seja grato! Seja confrontado por esse grande filme!


ASSISTA AO TRAILLER:


terça-feira, 5 de setembro de 2017

"Raising Hope" - comédia leve e deliciosa

"Raising Hope" foi transmitida pela Fox entre 2010 e 2014. Hoje está disponível na Netflix.

O que me faz trazer essa série para indicar para vocês é o fato de ser muito "leve". É deliciosa em vários sentidos. E tá na Netflix ;)

O seriado conta a história da família "Chance". Uma família com poucos recursos e nenhuma "noção". Jimmy é filho de Burt e Virgínia, um casal que engravidou na adolescência, cresceram juntos, mas não amadureceram. Moram de favor com a avó de Virgínia, mais conhecida por Maw Maw. Certa noite, Jimmy sai em sua van, para buscar um sorvete. No caminho, uma moça aparece correndo de um homem. Ela abre a porta, entra na van e Jimmy salva a jovem, levando-a embora. Ao parar o carro, passam a noite juntos. 

Pela manhã, na mesa de café, a moça levanta para ir ao banheiro. Naquele momento, a família descobre através do telejornal, que recebiam uma serial-killer e chamam a polícia. Meses depois, ela chama Jimmy na cadeia e revela que está grávida, condenada à cadeira elétrica e que ele deveria ficar com o bebê, quando chegasse a hora da condenação. E Hope chega na família, primeiramente com outro nome, que vou deixá-los saber qual é, assistindo a série. O problema todo começa pelo fato de que a família não estava preparada para receber um bebê, nem física, nem emocionalmente. E a evolução dessa "criação" é que norteia a história. 

Em cada episódio, algo acontece. Sempre somos surpreendidos. E na Netflix, é fácil maratonar o seriado. São quatro temporadas, cada uma com 22 episódios de 22 minutos, que passam rapidamente (acabei rapidinho). Os personagens interagem com outros, que complementam a história. Diversos temas são abordados e, mesmo com o tom de comédia, assuntos importantes, como racismo, Mal de Alzheimer, família e, principalmente, o amor, são colocados de forma delicada. 

Apesar das loucuras que acontecem durante a vida de Burt e Virginia, em especial na criação de Jimmy, a família se ama e não consegue se separar. Jimmy trabalha em um mercado, onde conhece Sabrina e os outros personagens e onde se passa boa parte dos acontecimentos. Cada ator dá seu brilho para a série. As atrizes (são gêmeas) que interpretam a Hope, são lindas, mas não vejo assim tanta graça. Percebemos os cortes que são feitos na edição para conseguir captar as reações da menina. No entanto, os outros atores são brilhantes. Tentei escolher um, mas não consegui. Cada um me conquistou de alguma forma.

É uma comédia sem a pornografia e palavrões exagerados que vemos por aí. É leve e inteligente. Para mim, lembra "The Middle" (que por não estar na Netflix eu acabei abandonando). Não posso contar muito. Assista e me conte o que achou. Se eu contar tudo aqui, perde a graça. E com certeza você irá rir e se divertir muito com "Raising Hope". 


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Atypical: sensibilidade na nova série da Netflix

Fonte da imagem: Google
A Netflix lançou mais uma série original. O serviço de streaming anda lançando tantas que não dá nem tempo de ver todas, não é? Mas essa eu indico demais. É bem rapidinha. Como estou de férias, terminei em dois dias. Está na primeira temporada e espero que seja renovada, apesar da Netflix nos matar de tanto esperar... Possui apenas oito episódios de meia hora. Não falei que é rapidinho? Você nem vai sentir o tempo passar. 

A temática

Apesar do tema denso, a série mescla tons de drama e comédia na medida certa. Atypical” trata da vida do adolescente, quase adulto, Sam Gardner (Keir Gilchrist), dignosticado com Síndrome de Asperger, que está entre os Transtornos do Espectro do Autismo. Com 18 anos, chega na fase em que deseja namorar. O problema é que, para ele, se relacionar é bem mais complicado do que para outras pessoas.

A série aborda a temática de forma ampla e sensível: não focando somente na pessoa de Sam, mas levando o público a conhecer os membros da família, seus próprios sentimentos e como o diagnóstico do garoto afetou e continua afetando a relação entre eles. Não sei se seria um spoiler o que vou dizer a seguir (se não quiser arriscar, pare de ler por aqui...), mas não vi outras resenhas falando muito sobre a família de Sam. É claro que o diferencial desse seriado é a forma sensível como o autismo é tratado. No entanto, o que mais me marcou foi o modo como a autora Robia Rashid retratou o aspecto familiar em torno da doença. 

A família

Sam possui pai, mãe e irmã. Uma família tecnicamente normal e unida, mas, durante a série, são descortinados diversos fatores que revelam a dificuldade de cada um em lidar com o autismo dentro de casa. A mãe, Elsa, é a leoa. Que sempre fez tudo pelo filho e, como abriu mão de várias coisas para cuidar dele, diante da possível “independência” de Sam, agora vive um momento de conflitos internos. O pai, Doug, ama o menino, mas teve dificuldades em lidar com a doença do filho diante da sociedade. 

Da família, a personagem mais interessante na minha opinião é a irmã, Casey. A caçula passou a vida como coadjuvante, já que Sam é o centro das atenções. Inteligente e super atleta, nem suas conquistas pessoais a fazem ganhar um pouco da atenção dos pais. No entanto, ama demais o irmão e o protege em ambientes hostis, como no colégio, por exemplo.

Existem outros personagens ainda, que interagem de forma importante na série. Mas se eu contar sobre eles, aí sim seria spoiler. Você vai precisar assistir pra conhecer.

Atypical” aborda os temas adolescentes e os desafios diante de uma doença que sempre foi estigmatizada e pouco conhecida pela sociedade. Mostra sensibilidade ao tratar do assunto na visão do próprio portador de autismo e de sua família. 

Você verá o autismo por outra ótica após assistir essa série. Realmente, vale a pena. Assiste aí e depois me conte o que achou. 


terça-feira, 4 de abril de 2017

"13 reasons why": um recado para os pais de adolescentes



Preste atenção ao que seu filho está assistindo. Tem um seriado novo da Netflix, que se chama "13 reasons why".
A princípio, ela parece mais uma série de adolescentes no Ensino Médio, tempo em que os colegas são maus e o bullying é algo bem constante. 
O seriado é sobre uma menina que comete suicídio e deixa várias fitas cassete que explicam as razões pelas quais ela decidiu se matar. As razões são vários colegas da escola, que praticam assédio e cometem bullying contra ela, consciente ou inconscientemente (apesar de que ninguém é cruel com outro alguém de forma inconsciente). Na série, os pais estão processando o colégio por ter sido negligente com a filha.
O assunto bullying está em voga nos últimos anos e deve sim, ser discutido. Mas, nesse caso, o assunto central é o suicídio da menina.
A série retrata temas importantes e isso é inegável, mas será que os adolescentes estão com a mente preparada para a forma como a série retrata o assunto? Talvez sirva de gatilho para as emoções em ebulição da adolescência.
Grande parte dos adolescentes é dramático por natureza e muito focado no "agora". 
Não digo para não os deixarem assistir, mas para ficarem atentos, tanto à série e o que ela aborda, quanto ao comportamento do seu próprio filho.

terça-feira, 14 de março de 2017

Com Cristo: trazendo a juventude à adoração

Os integrantes da Com Cristo: da esquerda para a direita
Mateus Louback (bateria), Will Bertolozo (baixo), Gabriel Rodrigues (vocal e guitarra), 
Gabriela Neves (vocal), Nilo Fernandes (guitarra) e Lucas Bertolozo (teclado)
Jovens no mundo todo possuem o sonho de montar uma banda. E, dentro das igrejas, existem milhares, talvez milhões, de meninos e meninas presenteados por Deus com dons relacionados à música e que têm esse desejo. Mas o que faz o sonho se transformar em realidade? A “Com Cristo”, banda formada por membros da Juventude Onda, da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã (Ibrem), em Juiz de Fora, Minas Gerais, é um exemplo de sonho que se fez real.
Em julho de 2015 a Com Cristo lançou seu primeiro EP (gravado em estúdio), totalmente composto por músicas autorais. Cerca de 2 mil pessoas compareceram ao lançamento do disco, que aconteceu na tenda da Ibrem. Convites de diversas igrejas em Juiz de Fora e outras cidades do Brasil têm levado os jovens a espalharem a mensagem do Evangelho. O estilo alegre e espontâneo de adorar é o diferencial da banda.

Como tudo começou...
O desejo de expressar adoração através dos dons dados por Jesus partiu do líder, Gabriel Rodrigues. “Chegou um momento que surgiu em mim e na Gabriela Neves, o anseio de gerar em Deus uma banda que expressasse, através do louvor, a linguagem da nossa juventude”, explica Gabriel.
Mas, o que aconteceu para que tudo desse certo? De acordo com o jovem, junto com a Gabriela, vocalista do ministério, ambos submetiam-se às autoridades da igreja. “Buscávamos andar como a Bíblia relata acerca do profeta Samuel, que servia ao Senhor perante Eli, o sacerdote, respeitando as autoridades que Deus implantou sobre nós”. E, assim, o tempo foi passando.
Certo dia, enquanto aguardavam a esperada oportunidade, surgiu a proposta de começarem a tocar durante os cultos de jovens. Segundo Gabriel, eles ainda não tinham em mente quem seriam os músicos ou qual seria o nome do grupo, mas aquele era o início. “No final do ano de 2008, fomos convocados para montar a banda que tocaria no congresso de Carnaval do ano seguinte. A alegria foi inevitável! Deus se mostrou fiel para cumprir todas as promessas”, ressalta.

A formação da banda...
Mas, esse era somente o primeiro passo. Ainda era preciso pedir a Deus que enviasse as pessoas certas para integrarem o grupo. Os primeiros a aceitarem o desafio foram o Will, baixista e tio do Gabriel e seu filho, Lucas, tecladista. Em seguida, chegaram o Nilo, para compor a guitarra e o Matheus, na bateria.
Essa, que é a formação atual da banda, demorou um tempo até acontecer. Gabriel conta que orava e pedia que Deus enviasse as pessoas certas, porque antes ele mesmo havia tentado criar uma banda, que não deu certo. “Mas o desejo permaneceu em meu coração e passei a clamar por integrantes que fossem da vontade Dele, e assim aconteceu. Hoje, estamos juntos em um mesmo propósito: servir a Deus em nossa Igreja local e na Juventude Onda. O resto é consequência da vontade de Deus”, conclui.

O nome da banda...
O nome “Com Cristo” foi escolhido pelo próprio Gabriel e ele busca sempre lembrar aos integrantes da banda a responsabilidade que esse nome traz na vida de cada um. “Se não estivermos conectados com Ele não haverá unidade no ministério, ou melhor, o ministério nem existiria, porque, se Jesus é Deus e Deus é amor, sem Ele nada faz sentido”, ressalta o vocalista.

A primeira música autoral e a gravação do EP...
“Santo Espírito” a música que, inicialmente, parecia ser muito simples, quando ministrada pela primeira vez em um culto da juventude da Ibrem promoveu uma manifestação sobrenatural. A música é de autoria da Nathália Carneiro, irmã mais nova da Gabriela.
Gabriel ressalta que a banda já recebeu diversos testemunhos relacionados aos momentos em que essa música era ministrada e isso acabou despertando para que pudessem compor mais canções. 
A gravação do EP não era algo esperado e foi incentivo do pastor Paulo Jabur. Segundo o líder da Com Cristo, Deus enviou profissionais capacitados, equipamentos de qualidade e recursos através de pessoas que investiram financeiramente.
“O apoio dos nossos pastores e igreja e a expectativa de pessoas que nem sequer conhecíamos nos cativou e nos confortava ainda mais no caminho para a conclusão desse projeto”, afirma Gabriel.

Confira aqui o vídeo da música DIGNO É O CORDEIRO. O vídeo mais acessado da banda.  

Os desafios como jovens cristãos...

Gabriel entende que um dos maiores desafios dos jovens nas igrejas é a imaturidade, que só pode ser vencida através da submissão às autoridades que Deus instituiu. “Quando isso não acontece, eles se frustram, pois estão se esforçando e não conseguem ver frutos. Temos que seguir o exemplo de jovens citados na Bíblia, como Samuel, que servia ao Senhor perante Eli. Além de outros, como Daniel, Davi, José e Timóteo”, conclui.



De Juiz de Fora para o Brasil e o mundo! 
A banda Com Cristo, que nasceu na Juventude da Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã (Ibrem) vai gravar seu primeiro CD ao vivo. 
O evento acontecerá no dia 15 de abril no templo da Ibrem às 19h30. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"La La Land" e o preço do sucesso (Carta Capital)

Copio aqui um artigo da revista "Carta Capital", que fala bastante das minhas percepções sobre este filme. Além da produção ser linda, a temática é realmente diferenciada e vai além do "Felizes para sempre".

O musical tem como tema a busca de jovens artistas pela realização profissional. 

A espetacular cena de abertura de La La Land, um plano aberto quase sem cortes, tem a força de demover até o mais cáustico dos críticos de musicais. Dezenas de motoristas saem de seus carros para dançar, rodopiar e saltar entre e sobre os veículos, presos em meio ao trânsito caótico no viaduto de acesso à cidade de Los Angeles.
Tudo é perfeitamente sincronizado e grandioso em uma película filmada em cinemascope, como nos antigos musicais de Hollywood.
É um convite certeiro para mergulhar na história romântica de Mia (Emma Stone), uma aspirante a atriz, e Sebastian (Ryan Gosling), um pianista de jazz em busca da fama. Os dois, como milhões de jovens no mundo todo, também estão presos no trânsito e em vidas que ainda não decolaram.
Terceiro filme de Damien Chazelle (que escreveu e dirigiu Whiplash – Em busca da perfeição), La La Land – Cantando estações recebeu inéditos sete Globos de Ouro, vem abocanhando outros cobiçados prêmios e lidera a bolsa de apostas para ser o grande vencedor do Oscar.
Não é difícil analisar sob essa ótica: trata-se de um filme que rende generosas homenagens ao cinema e à música, em que nem os clichês desagradam, revela com certa criticidade a difícil trajetória para o estrelato e preenche a grande tela com memoráveis números musicais, como a dança de Mia e Sebastian levitando dentro um planetário. Só não espere sair do cinema com reflexões nas alturas.
Sem ser excessivos, os números musicais (com trilha sonora assinada por Justin Hurwitz) constroem uma narrativa que opta por ser mais singela e menos aprofundada sobre quem são Mia e Sebastian.
Passagens que poderiam ser mais bem exploradas, como a da peça que ela escreve e em que atua ou a da submissão dele às regras de uma banda de jazz moderno (capitaneada pelo cantor John Legend) para o qual é convidado, apenas tangenciam o drama contido nelas. Os personagens aceitam os destinos que lhes são impostos em nome do sucesso. Mas isso não reduz a mensagem que Chazelle quis transmitir.
Os musicais dos anos 1940 e 1950, embora os personagens pudessem conquistar tudo o que desejavam, traduziam uma época em que valores pessoais, como amor e sentimento, tinham mais relevância do que uma carreira. La La Land mostra que, nos dias de hoje, a ambição profissional fala mais alto e que a felicidade pode encontrar-se na realização do indivíduo.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/936/la-la-land-e-o-preco-do-sucesso

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

África por um africano - resenha do livro "O Mundo se despedaça"

(Resenha elaborada como trabalho para a disciplina de História da África - UFJF - Instituto de Ciências Humanas - Curso de História)

No livro “O mundo se despedaça”, o nigeriano Chinua Achebe traz ao leitor a realidade dos habitantes das nove aldeias da região de Umuófia, na Nigéria, até a chegada dos homens brancos, no final do século 19. O povo ibo, localizado ao norte do delta do rio Níger, vivia mergulhado em suas tradições milenares até o contato impactante com os europeus.

Para retratar todos os aspectos culturais e religiosos daquela nação, o autor nos apresenta Okonkwo, um bravo guerreiro, filho do flautista Unoka, desprezado pela tribo e pelo próprio filho por ser considerado fraco e preguiçoso. Através da vida desse personagem, conhecemos a forma como pensavam os homens mais tradicionais daquela sociedade e o que faziam para crescerem de status e preservarem a cultura local.

Okonkwo é um homem forte, forjado na vida pela humilhação de ter um pai que não conseguira ascender socialmente e não lhe forneceu o aparato necessário para iniciar seu caminho. Por isso, e por causa de sua ambição, é esforçado e busca conquistar tudo o que lhe for possível.

Ao passearmos pelas fases do ano e da vida desse habitante, conhecemos a cultura e religião desse povo, seus costumes familiares, de vestuário e celebrações, como se relacionavam em sociedade, seu senso de justiça, o respeito aos deuses e como era a alimentação do povo ibo.

O protagonista dessa história é o fator central para conhecermos diversas vertentes daquela comunidade. Por ser ambicioso em sua busca pela ascensão social e por seu tradicionalismo religioso e cultural, é responsável, até mesmo, pela morte de um jovem que o chamava de pai.

Essa situação é originada devido a um assassinato de uma mulher da aldeia, a esposa de Ogbuefi Udo. O diferencial desse acontecimento era porque o crime tinha sido executado por alguém de um clã vizinho, o que despertou a ira dos homens da aldeia. Foi decidido que Okonkwo seria o emissário de guerra. Voltou à sua aldeia com uma virgem, que substituiria a cônjuge assassinada, e um adolescente de 15 anos, que pertencia a toda aldeia e, enquanto não era decidido seu destino, ficou debaixo da responsabilidade de Okonkwo.

O jovem Ikemefuna conviveu com a família durante três anos e era considerado um membro. Acompanhava Okonkwo em reuniões da cidade e passou a chamá-lo de pai. Tornou-se um grande companheiro do primogênito de Okonkwo, Nwoye, apenas dois anos mais novo e lhe ensinou muitas coisas, como se fosse seu irmão mais velho.

Foram três anos de convivência familiar, até que chegou o dia em que o destino do menino foi decidido. Ele teria que morrer. Okonkwo foi alertado para não ir junto com os homens cumprir essa tarefa, mas sua honra falou mais alto e, além de acompanhá-los, acabou sendo aquele que pôs fim à vida do menino. Tal fato marcou o personagem diante da sociedade e gerou certo remorso.

O inhame é muito importantes nessa sociedade. Além de ser o principal alimento, o tamanho das plantações tem relação com a riqueza daquele indivíduo.

Quanto maior a plantação, mais rico aquele homem é. Assim como o número de esposas também determina status, pois é preciso ter sucesso financeiro para o dote e para sustentar as mulheres e filhos. A noz de cola é oferecida como símbolo de hospitalidade e o vinho de palma é a bebida mais consumida nessa sociedade.

Os deuses da terra e ancestrais ditam a grande maioria das regras da aldeia. São tradições diferentes das ocidentais e muitas, até cruéis, como abandonar os bebês que fossem gêmeos ou esquartejar as crianças que morrem e são geradas por mães que perdem muitos bebês. A explicação para esta tradição é que quando a mesma mulher gera crianças que não sobrevivem por muito tempo, são espíritos que retornam nos
bebês e, para que isso não aconteça novamente é preciso esquartejar o cadáver do bebê.

Poligamia, dote, casamento arranjado, violência doméstica, ascensão social, comércio, agricultura, justiça proclamada por deuses e espíritos ancestrais. Cada capítulo do livro retrata um aspecto daquela sociedade e nos faz mergulhar naquela realidade e nos sentirmos parte daquele povo.

O livro é dividido em três partes. A primeira conta a vida de Okonkwo na aldeia em que nasceu. A segunda parte acontece na aldeia em que nasceu a mãe do protagonista, para onde ele foi exilado com sua família, após um acidente em que foi responsável pela morte de um jovem de sua própria aldeia.

Esses dois terços do livro relatam o dia a dia desses africanos antes da chegada do homem branco. Na terceira parte, quando Okonkwo já está no fim do tempo do seu exílio, os ingleses começam a implantar o cristianismo naquela sociedade. E é aí que o mundo ibo e o do próprio Okonkwo começam a se despedaçar. Na aldeia em que estava exilado, as mudanças começavam a acontecer e o povo cedia às novas ideias. Okonkwo pensava que em seu lugar de origem os homens seriam mais firmes e não seriam
dominados tão facilmente, mas estava errado.

Os europeus chegaram de forma pacífica na comunidade através do cristianismo e, aos poucos, começaram a propagar suas ideias. Conversavam com os líderes e debatiam as divergências religiosas e culturais. Com o tempo, mães que não queriam que seus filhos gêmeos morressem, pessoas que eram desprezadas pela comunidade e curiosos começaram a interessar por aquela nova religião que lhes estava sendo apresentada e os recebia de braços abertos.

Certo dia, os missionários solicitaram um pedaço da terra para que pudessem construir o templo. A fim de prejudicar a estadia desses homens, foi-lhes entregue um local considerado amaldiçoado pela crença local. Depois de um período, nada do que as supertições indicavam que aconteceria, ocorreram. Situações como essa impressionaram os aldeões e fortaleceram os brancos.

Após um tempo em que o cristianismo já estava tendo êxito na região, iniciou o processo de implantação de governo baseado no modelo europeu. Já não eram mais os deuses e espíritos ancestrais que tomavam as decisões, mas as leis dos homens brancos.

E os colonizadores prendiam aqueles que fossem contra a nova proposta implantada. O livro termina durante esse processo, que perdurou até o século XX no continente africano. Apesar de relatar a história de um determinado povo, podemos entender as diferenças de cosmovisão entre europeus e africanos e como o embate entre elas pode ser cruel.
O autor Chinua Achebe
Imagem retirada do Google

A forma como o autor divide os acontecimentos e como relata a história, nos permite vivenciar as diferentes fases da vida de um integrante do povo ibo. Achebe retrata os sentimentos e pensamentos e monta com o perfil psicológico dos principais personagens, nos fazendo compreender o real motivo dos seus comportamentos.

A cada capítulo, a história se desenrola e nos envolve. Alguns momentos nos prendem a atenção e desejamos continuar a leitura para saber o que acontecerá. O mesmo pode-se dizer acerca do desfecho da obra, que termina de forma surpreendente.

É uma leitura bem diferente, pois é a visão de um africano acerca de seu próprio povo e escrita com base na tradição oral. Intrigante e envolvente, “O mundo se despedaça” nos traz um rico conhecimento histórico-cultural através de um enredo fascinante pelo interior do continente africano.


Referência Bibliográfica: ACHEBE, Chinua. O mundo se despedaça. São Paulo: Companhia das Letras,

2009.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A Terra Prometida

Moisés, Arão e Josué guiando o povo hebreu pelo deserto.
Foto: Fanpage "A Terra Prometida"


“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” Josué 1: 8,9





Essa semana a minha novela mais linda de todas, “Os Dez Mandamentos”, chega ao fim. Terça-feira, dia 5 de julho, “A Terra Prometida” terá início. A nova teledramaturgia da Rede Record de Televisão é a continuação da história bíblica da jornada anterior. Na verdade, é agora o momento em que os hebreus entram na tão sonhada, Canaã.

Hoje, ao acordar, Josué 1:9 brotou do aplicativo do tablet. Ao abrir o facebook, um colega tinha acabado de postá-lo e, mais tarde, outra pessoa da minha rede social também postou. Vi a passagem pintada em um muro e outra amiga também postou no facebook à noite. Ou seja, é notório que Deus está querendo dizer algo. Não acho que apareceu tantas vezes diante de mim à toa e escrevo esse texto para declará-la para você também, leitor. Sabemos que esse versículo se trata de uma mensagem de Deus a Josué, mensagem esta que é totalmente atual e podemos tomá-la para nós.



JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA

Josué serviu Moisés durante o tempo em que o povo escolhido por Deus passou no deserto. Provavelmente, em seu tempo de Egito, havia sido escravo. No entanto, ao chegar ao deserto, diferente da maioria dos hebreus, não continuou com a mente de escravo. Sua fé era firmada nas promessas do Senhor e no poder do Deus de Israel. O mesmo Deus que enviou as pragas ao Egito, para que o povo fosse liberto, que fez o mar se abrir, para livrá-los da mão de Faraó, que enviou o maná do céu, dentre outras tantas maravilhas.
Difícil é entender como o povo conseguiu duvidar das promessas de Deus, tendo presenciado tantos milagres. A terra prometida já estava próxima e eles deveriam tomar posse da vitória, mas dentre os 12 representantes da Casa de Jacó, enviados para espiar Canaã, somente dois acreditaram que Deus poderia destruir os inimigos e entregá-los nas mãos dos hebreus. Josué e Calebe continuaram crendo que Deus era mais poderoso que os gigantes que tinham visto em Canaã. Eles não mantiveram os olhos nos exércitos poderosos que viriam a enfrentar, eles olharam, pela fé, as bênçãos que teriam acesso naquela terra, que manava leite e mel.
Como consequência, o povo passaria 40 anos vagando pelo deserto, próximos à Terra Prometida, mas sem poder tomar posse dela. Eles não tinham estrutura emocional e fé suficiente para provarem tudo o que Deus lhes havia reservado. Toda aquela geração viria a perecer e somente os que tinham abaixo de 20 anos naquele período entrariam em Canaã. Porém, a fé de Josué e Calebe os fez tomarem posse da promessa. Eles haveriam de entrar na Terra. Não só entrar, mas iriam liderar aquele povo.
A geração com mente de escravo faleceu e uma nova geração, que já nasceu livre, se tornou um povo forte: Israel, o povo escolhido por Deus. As nações ao redor os temiam. Exércitos fortemente treinados eram derrotados por aquele povo do deserto. As guerras eram comandadas por Josué, debaixo do comando do próprio Senhor.



ESFORÇA-TE!


Quando Deus fala para Josué se esforçar e não temer, ele tinha acabado de perder seu líder e, agora, era ele próprio que deveria guiar o povo para a Terra Prometida. Durante a jornada do deserto, o povo murmurou, viveu milagres, mas também, terríveis punições por seus pecados. Agora o momento é diferente para Josué. São tempos de guerra. Depois de 40 anos aguardando, sendo forjado e vendo o poder de Deus, o velho Josué, com cerca de 80 anos, deveria agora comandar um exército que enfrentaria poderosas nações.
É o fim ou o início da jornada? É o fim da preparação e início da posse da Terra. O que antes era promessa, agora se tornaria realidade. Mas, primeiro era preciso lutar! E para essa guerra era preciso levar a espada e o escudo. A espada é a Palavra de Deus e o escudo é a fé que Josué sempre manteve firme.



JOSUÉ, NOSSO EXEMPLO

Sinta-se, hoje, como Josué. Alguém que já foi escravo um dia. Escravo do pecado e de Satanás. Escravo do Império das Trevas, liberto por Cristo e transportado para o Reino do Amor de Deus, como Paulo diz aos Colossenses (Cl 1:13).
Você deve ter uma promessa de Deus em sua vida, que parece muito distante e que, de acordo com as circunstâncias, parece que nunca irá se realizar. Josué vivia em meio a um povo incrédulo. Que viu maravilhas e, ainda assim, duvidou que Deus pudesse cumprir o que prometeu. Mas, Josué escolheu crer. Independente das circunstâncias, dos gigantes, das cidades fortificadas, ele escolheu enxergar as riquezas que Deus tinha preparado.
Ele foi escolhido para guiar o povo até Canaã. Ele não somente entrou na Terra Prometida, mas ele foi essencial para que Israel conseguisse vencer aquelas batalhas. Ele cumpriu o chamado que Deus lhe havia designado. Ele escolheu crer e obedecer.
Crer e obedecer são escolhas nossas. Os anos do deserto podem nos preparar para tomar posse e aproveitar a promessa ou podem ser anos de entrega em que vamos perecer sem experimentar as bênçãos reservadas por Deus.
O fato é que sem a Palavra de Deus, sustentada e protegida pela fé, não vamos muito longe. Iremos andar em círculos, chegarmos até próximos da promessa, mas não conseguimos tomar posse, pois não sabemos verdadeiramente qual é a vontade de Deus para nós. Se não conhecemos a Palavra de Deus, não reconhecemos a promessa, se não temos uma fé firmada, não conseguimos tomar posse.
Depois de mandar que Josué meditasse na Palavra, Deus ainda pediu que ele se esforçasse, não temesse, tivesse bom ânimo e não se espantasse, pois o próprio Deus o ajudaria. Não é da nossa própria força que vamos conquistar as bênçãos. Mesmo depois de guardarmos a fé e a Palavra, precisamos crer que Deus é conosco, que Ele abre os caminhos e faz o que não é possível para nós. Afinal, o esforço é nosso. O milagre é Ele quem faz.


Firme-se na Palavra.

Tenha fé.

Seja esforçado em servir a Deus.

Não tenha medo.

Deus é contigo.

O deserto vai chegar ao fim.

Receba a promessa.