terça-feira, 1 de novembro de 2016

Você é filho adotivo

Fonte: Google - Revista Pais e Filhos




Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1:12-13





Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.” Romanos 8:15-17


Desde que me conheço por gente, algumas certezas em minha vida sempre foram constantes. Uma delas é o fato de ter o sonho de adotar uma criança. Minha visão é que a adoção por pessoas responsáveis e que tenham amor para dar é capaz de mudar o destino de uma pessoa. Talvez, aquele alguém passaria a vida toda em um abrigo, com o sentimento de abandono. Talvez crescesse revoltado, sem saber o motivo pelo qual veio ao mundo.
No entanto, não sei se um dia serei capaz de realizar esse sonho. Já ouvi de várias pessoas as razões pelas quais a adoção seria uma ideia ruim. Para muitos, adoção é um processo trabalhoso e as crianças tendem a ser problemáticas, ou seja, para eles não vale a pena. O que vale mesmo é ter o seu próprio filho (sempre que possível). É claro, que nem todos têm a possibilidade de adotar, seja por estrutura física, financeira ou, até mesmo, emocional. Mas, pensar assim não seria um tanto egoísta?
***
Voltemos nossa reflexão para a Bíblia e para a ação de Deus para com o homem. A Palavra Dele nos diz que se cremos no nome de Jesus recebemos o direito de sermos filhos de Deus. E somos filhos por adoção, consequentemente, irmãos de Jesus.
E quem é Jesus? Ele é o Filho de Deus. Se fôssemos imaginar de forma terrena: Jesus é o Filho de sangue e nós, os adotados. Imagina se Deus tivesse esse mesmo pensamento negativo que temos sobre adoção. “É trabalhoso e não vale a pena, pois eles dão muito trabalho. São muito problemáticos.” Nós não teríamos recebido a salvação e a justificação por meio de Cristo e tantos outros benefícios que a adoção traz para nós.
Ele nos tirou do Império das Trevas, das mãos de Satanás, que nos aprisionava em pecado, destruição e desilusão e nos trouxe para o Reino do Filho do seu amor (Cl 1:13). E, para que isso acontecesse, Ele precisou ver o seu próprio filho morrer. Jesus, o filho de sangue, morreu, para que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus por adoção. Para, assim, termos os mesmos direitos que Cristo tem. Sermos herdeiros de Deus como Cristo é. Recebermos o nome do Pai em nossa “certidão espiritual”. Essa certidão que tira o direito de Satanás sobre nós.
E Ele revelou esse amor infinito e incondicional por nós, seres problemáticos que, muitas vezes, não dão o devido valor ao sacrifício de Cristo, que zombam desse amor, que, em tantos momentos, fogem dos braços desse que deseja nos adotar.
É como se fôssemos uma criança abandonada à própria sorte, sedenta de amor, de uma casa, de um pai, mas que, quando esse pai se aproxima, o rejeita. Ou que, mesmo depois de já ter aceitado essa adoção, maltratam e são rebeldes com quem os amou.
Nós somos assim. Cada vez que não aceitamos o sacrifício de Cristo, cada vez que recusamos o amor de Deus, cada vez que caímos em pecado; perdendo o temor por Ele e pela Palavra, rejeitamos essa adoção.

Mas, quais são as consequências de uma adoção?

  1. A partir do momento que uma pessoa é adotada, ela recebe o nome do pai. Com Deus não é diferente. A adoção nos dá o direito de usar a autoridade do nome de Jesus (Jo 16:23-24).
  2. Por ter o nome do pai, o adotado passa a ter direitos na herança. A Palavra de Deus afirma que nos tornamos co-herdeiros com Cristo na glória de Deus (Rm 8:17).
  3. Quando temos família, podemos dividir nossas lutas. Jesus fala para colocarmos todo o fardo que carregamos sobre o ombro Dele (Mt 11:28-29).
  4. Quando somos filhos, temos liberdade suficiente para pedirmos ao pai o que precisamos. E é o pai, o supridor das necessidades da família. A Bíblia afirma que Deus supre nossas necessidades e essa adoção traz para nós riquezas em Cristo (Fp 4:19).
  5. Se antes, como órfão, não existia quem o disciplinasse, agora, como filho de Deus, Ele mesmo te ensinará os caminhos. (Hb 12:5-11)

Usufrua dos benefícios de ser filho do pai mais amoroso que poderia existir. Ele te criou e, por isso, te conhece melhor do que qualquer outro. Ele te ama, deseja ter um relacionamento contigo e te guiar por caminhos de benção e paz (Jr 29:11-13). Os sonhos Dele para você são melhores e maiores do que você possa imaginar (I Co 2:9).

Corra para os braços do Pai. Não só nesse dia, mas todos os dias. Não somente quando tiver problemas, mas também para aproveitar a presença doce e acolhedora do Pai celestial.


Ele te ama e quer te adotar. Você aceita ser filho Dele?

domingo, 28 de agosto de 2016

Antes dos 30 anos e já vi meu país afastar dois presidentes do poder.


(Texto escrito em 12 de maio, quando a presidente foi afastada por 180 dias do poder)

Parece que os anos de "sossego" em nosso país são poucos.
Nasci em 1986, ano entre o grito pelas Diretas Já (83/84), a volta do governo civil (85) e a nova Constituição (88), que estabeleceu o Brasil como um estado democrático de direito.
Em 1992, eu tinha seis anos e lembro que a boneca do armarinho próximo à minha casa tinha um preço de manhã e outro à tarde.
E foi nesse ano que Collor foi destituído.
Collor que, atualmente é Senador (eleito pela população), e votou a favor do impeachment da Dilma.
Lembro da chegada do Plano Real em 1994 e que CR$ 2.750,00 (Cruzeiros reais) agora equivalia a R$1,00.
E R$1,00 equivalia a US$1,00. (A cotação hoje está em R$3,49).
E do ano que nasci até quando o Real foi instituído, o Brasil já tinha passado por outras quatro moedas.
E, a partir daí, as mudanças foram muitas.
Com o tempo paramos de ouvir sobre a dívida externa, que assombrava o país.
A economia começou a entrar em ascensão e o Brasil começou a voltar ao eixo.
Foram oito anos de um governo de direita e, até agora, já havíamos ultrapassado 12 anos de outro governo, que era pra ser de esquerda.
A corrupção, que já existia, (sim, ela existe desde que o mundo é mundo, desde a chegada da Côrte Portuguesa ao Brasil, desde sempre! Não é invenção do PT), parece que tomou uma proporção catastrófica e entrou em evidência. O tapete foi levantado e a sujeira apareceu.
Como uma montanha-russa, depois de uma grande subida, cheia de tensão e ansiedade, a descida foi de dar frio na barriga.
Parece que a queda foi brusca.
Foram muitas as conquistas sociais, não tenho como discordar.
Porém, algumas de maneira irresponsável. E foi aí que começou a queda.
E provérbios 16:18 já alerta, "a soberba precede à ruína..."
Nada fizeram para mudar a situação, foram destituídos do poder.
O problema é que as substituições não são nada favoráveis.
Saiu o 6 e entrou o meia dúzia.
Mas, talvez se o 6 não tivesse caído, o orgulho tivesse vencido.
A esperança é buscar ver o futuro com olhos positivos.
Da primeira vez, a mudança foi positiva. Veremos agora.
E se esse tiver que sair para que possamos escolher outro, que saia também.
Nossa fé não está em homens, mas em um Deus que governa e conhece todas as coisas.
Que o povo brasileiro pense bem antes de votar. (É uma paixão minha desde pequena, quando fazia questão de acompanhar meus pais às urnas e ia marcar o X na cédula).
Que o povo não brinque, votando em palhaços (que tem se saído mais sério do que os homens dito "sérios").
Que o povo não vote com sentimento de ódio nos corações.
Que o voto seja pensando no país e não em uma bandeira ou partido.
Li um tweet de alguém que perguntava: Como vou explicar ao meu filho que temos um novo presidente se não aconteceram novas eleições?
Respondo aqui: Explicando pra ele que ninguém é insubstituível, e que se não fez o trabalho direito, sairá do posto.
Que o povo analise quem são os vices, pois, em alguns momentos, eles não estarão mais nos bastidores. E o que acontecerá quando forem protagonistas?
Que a graça e a misericórdia do Senhor esteja sobre o nosso país! Oro dessa forma, mesmo sabendo que a vinda de Cristo está próxima e, por isso, a tendência não é melhorar.
Mas, que Ele possa nos guardar, como pessoas, como família, como país.
PAZ, BRASIL!
#PolíticaBrasileira

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

África por um africano - resenha do livro "O Mundo se despedaça"

(Resenha elaborada como trabalho para a disciplina de História da África - UFJF - Instituto de Ciências Humanas - Curso de História)

No livro “O mundo se despedaça”, o nigeriano Chinua Achebe traz ao leitor a realidade dos habitantes das nove aldeias da região de Umuófia, na Nigéria, até a chegada dos homens brancos, no final do século 19. O povo ibo, localizado ao norte do delta do rio Níger, vivia mergulhado em suas tradições milenares até o contato impactante com os europeus.

Para retratar todos os aspectos culturais e religiosos daquela nação, o autor nos apresenta Okonkwo, um bravo guerreiro, filho do flautista Unoka, desprezado pela tribo e pelo próprio filho por ser considerado fraco e preguiçoso. Através da vida desse personagem, conhecemos a forma como pensavam os homens mais tradicionais daquela sociedade e o que faziam para crescerem de status e preservarem a cultura local.

Okonkwo é um homem forte, forjado na vida pela humilhação de ter um pai que não conseguira ascender socialmente e não lhe forneceu o aparato necessário para iniciar seu caminho. Por isso, e por causa de sua ambição, é esforçado e busca conquistar tudo o que lhe for possível.

Ao passearmos pelas fases do ano e da vida desse habitante, conhecemos a cultura e religião desse povo, seus costumes familiares, de vestuário e celebrações, como se relacionavam em sociedade, seu senso de justiça, o respeito aos deuses e como era a alimentação do povo ibo.

O protagonista dessa história é o fator central para conhecermos diversas vertentes daquela comunidade. Por ser ambicioso em sua busca pela ascensão social e por seu tradicionalismo religioso e cultural, é responsável, até mesmo, pela morte de um jovem que o chamava de pai.

Essa situação é originada devido a um assassinato de uma mulher da aldeia, a esposa de Ogbuefi Udo. O diferencial desse acontecimento era porque o crime tinha sido executado por alguém de um clã vizinho, o que despertou a ira dos homens da aldeia. Foi decidido que Okonkwo seria o emissário de guerra. Voltou à sua aldeia com uma virgem, que substituiria a cônjuge assassinada, e um adolescente de 15 anos, que pertencia a toda aldeia e, enquanto não era decidido seu destino, ficou debaixo da responsabilidade de Okonkwo.

O jovem Ikemefuna conviveu com a família durante três anos e era considerado um membro. Acompanhava Okonkwo em reuniões da cidade e passou a chamá-lo de pai. Tornou-se um grande companheiro do primogênito de Okonkwo, Nwoye, apenas dois anos mais novo e lhe ensinou muitas coisas, como se fosse seu irmão mais velho.

Foram três anos de convivência familiar, até que chegou o dia em que o destino do menino foi decidido. Ele teria que morrer. Okonkwo foi alertado para não ir junto com os homens cumprir essa tarefa, mas sua honra falou mais alto e, além de acompanhá-los, acabou sendo aquele que pôs fim à vida do menino. Tal fato marcou o personagem diante da sociedade e gerou certo remorso.

O inhame é muito importantes nessa sociedade. Além de ser o principal alimento, o tamanho das plantações tem relação com a riqueza daquele indivíduo.

Quanto maior a plantação, mais rico aquele homem é. Assim como o número de esposas também determina status, pois é preciso ter sucesso financeiro para o dote e para sustentar as mulheres e filhos. A noz de cola é oferecida como símbolo de hospitalidade e o vinho de palma é a bebida mais consumida nessa sociedade.

Os deuses da terra e ancestrais ditam a grande maioria das regras da aldeia. São tradições diferentes das ocidentais e muitas, até cruéis, como abandonar os bebês que fossem gêmeos ou esquartejar as crianças que morrem e são geradas por mães que perdem muitos bebês. A explicação para esta tradição é que quando a mesma mulher gera crianças que não sobrevivem por muito tempo, são espíritos que retornam nos
bebês e, para que isso não aconteça novamente é preciso esquartejar o cadáver do bebê.

Poligamia, dote, casamento arranjado, violência doméstica, ascensão social, comércio, agricultura, justiça proclamada por deuses e espíritos ancestrais. Cada capítulo do livro retrata um aspecto daquela sociedade e nos faz mergulhar naquela realidade e nos sentirmos parte daquele povo.

O livro é dividido em três partes. A primeira conta a vida de Okonkwo na aldeia em que nasceu. A segunda parte acontece na aldeia em que nasceu a mãe do protagonista, para onde ele foi exilado com sua família, após um acidente em que foi responsável pela morte de um jovem de sua própria aldeia.

Esses dois terços do livro relatam o dia a dia desses africanos antes da chegada do homem branco. Na terceira parte, quando Okonkwo já está no fim do tempo do seu exílio, os ingleses começam a implantar o cristianismo naquela sociedade. E é aí que o mundo ibo e o do próprio Okonkwo começam a se despedaçar. Na aldeia em que estava exilado, as mudanças começavam a acontecer e o povo cedia às novas ideias. Okonkwo pensava que em seu lugar de origem os homens seriam mais firmes e não seriam
dominados tão facilmente, mas estava errado.

Os europeus chegaram de forma pacífica na comunidade através do cristianismo e, aos poucos, começaram a propagar suas ideias. Conversavam com os líderes e debatiam as divergências religiosas e culturais. Com o tempo, mães que não queriam que seus filhos gêmeos morressem, pessoas que eram desprezadas pela comunidade e curiosos começaram a interessar por aquela nova religião que lhes estava sendo apresentada e os recebia de braços abertos.

Certo dia, os missionários solicitaram um pedaço da terra para que pudessem construir o templo. A fim de prejudicar a estadia desses homens, foi-lhes entregue um local considerado amaldiçoado pela crença local. Depois de um período, nada do que as supertições indicavam que aconteceria, ocorreram. Situações como essa impressionaram os aldeões e fortaleceram os brancos.

Após um tempo em que o cristianismo já estava tendo êxito na região, iniciou o processo de implantação de governo baseado no modelo europeu. Já não eram mais os deuses e espíritos ancestrais que tomavam as decisões, mas as leis dos homens brancos.

E os colonizadores prendiam aqueles que fossem contra a nova proposta implantada. O livro termina durante esse processo, que perdurou até o século XX no continente africano. Apesar de relatar a história de um determinado povo, podemos entender as diferenças de cosmovisão entre europeus e africanos e como o embate entre elas pode ser cruel.
O autor Chinua Achebe
Imagem retirada do Google

A forma como o autor divide os acontecimentos e como relata a história, nos permite vivenciar as diferentes fases da vida de um integrante do povo ibo. Achebe retrata os sentimentos e pensamentos e monta com o perfil psicológico dos principais personagens, nos fazendo compreender o real motivo dos seus comportamentos.

A cada capítulo, a história se desenrola e nos envolve. Alguns momentos nos prendem a atenção e desejamos continuar a leitura para saber o que acontecerá. O mesmo pode-se dizer acerca do desfecho da obra, que termina de forma surpreendente.

É uma leitura bem diferente, pois é a visão de um africano acerca de seu próprio povo e escrita com base na tradição oral. Intrigante e envolvente, “O mundo se despedaça” nos traz um rico conhecimento histórico-cultural através de um enredo fascinante pelo interior do continente africano.


Referência Bibliográfica: ACHEBE, Chinua. O mundo se despedaça. São Paulo: Companhia das Letras,

2009.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Voltemos a viver a vida real!

Rafael, meu irmão; Francisco, meu pai e euzinha, diva!

Para mim, essa foto é repleta de significados. 

É família. Mamãe tira a foto do papai com os filhos em um momento de total espontaneidade, comunhão e inocência. 

É amor. É infância. É infância, em família, cheia de amor e bem vivida. 

Mas, o maior significado ao ter acesso a uma foto como essas é o fato de ter que tirar foto da foto, pois ela foi revelada. 

Revelada daqueles filmes de rolo, que tínhamos que fazer escolha dos momentos em que gostaríamos de guardar e, que nos geram imagens, ainda assim, tão espontâneas como essa.
Era um tempo em que se vivia a vida. 

Não vivíamos a vida alheia ou a vida virtual. Estávamos em comunhão física com pais, amigos e parentes. Era preciso um pouco mais de esforço para experimentar bons momentos.
As fotografias dessa época analógica eram mais espontâneas do que as de hoje, que po
demos tirar 500 fotos e escolher quais desejamos tornar públicas. 

Para ter acesso a essas imagens históricas era preciso encontrar e compartilhar os álbuns de família. Era preciso ter intimidade para conhecer a intimidade do outro.

Era um tempo que não existiam filtros e aplicativos de edição antes da revelação. Era preciso, literalmente, pagar para ver o que o rolo do filme havia captado. 
Máquina fotográfica analógica. Minha mãe tinha uma assim.
Rolo de filme fotográfico



E, às vezes, pagávamos para ver que tínhamos perdido o rolo do filme. Os momentos bons tinham ficado somente na memória. Outras vezes, alguém tinha saído de olho fechado ou fazendo "chifrinho" no colega e não tinha outra imagem para substituir.

Era a vida como ela realmente é.
Hoje, as fotos são maquiadas.

Além da maquiagem das pessoas, as imagens passam por filtros e edições antes de irem a público. Tudo parece tão lindo. As cores são sempre perfeitas.
É a farsa das redes sociais, que deseducou o ser humano a viver a verdade física e ensina a viver a mentira virtual.

Que possamos publicar mais fotos sem filtro. Que nossa vida não passe por aplicativos de edição.
Que você viva a vida como ela realmente é. Seja você um fotógrafo amador ou profissional. 
Simplesmente, viva!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A Terra Prometida

Moisés, Arão e Josué guiando o povo hebreu pelo deserto.
Foto: Fanpage "A Terra Prometida"


“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” Josué 1: 8,9





Essa semana a minha novela mais linda de todas, “Os Dez Mandamentos”, chega ao fim. Terça-feira, dia 5 de julho, “A Terra Prometida” terá início. A nova teledramaturgia da Rede Record de Televisão é a continuação da história bíblica da jornada anterior. Na verdade, é agora o momento em que os hebreus entram na tão sonhada, Canaã.

Hoje, ao acordar, Josué 1:9 brotou do aplicativo do tablet. Ao abrir o facebook, um colega tinha acabado de postá-lo e, mais tarde, outra pessoa da minha rede social também postou. Vi a passagem pintada em um muro e outra amiga também postou no facebook à noite. Ou seja, é notório que Deus está querendo dizer algo. Não acho que apareceu tantas vezes diante de mim à toa e escrevo esse texto para declará-la para você também, leitor. Sabemos que esse versículo se trata de uma mensagem de Deus a Josué, mensagem esta que é totalmente atual e podemos tomá-la para nós.



JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA

Josué serviu Moisés durante o tempo em que o povo escolhido por Deus passou no deserto. Provavelmente, em seu tempo de Egito, havia sido escravo. No entanto, ao chegar ao deserto, diferente da maioria dos hebreus, não continuou com a mente de escravo. Sua fé era firmada nas promessas do Senhor e no poder do Deus de Israel. O mesmo Deus que enviou as pragas ao Egito, para que o povo fosse liberto, que fez o mar se abrir, para livrá-los da mão de Faraó, que enviou o maná do céu, dentre outras tantas maravilhas.
Difícil é entender como o povo conseguiu duvidar das promessas de Deus, tendo presenciado tantos milagres. A terra prometida já estava próxima e eles deveriam tomar posse da vitória, mas dentre os 12 representantes da Casa de Jacó, enviados para espiar Canaã, somente dois acreditaram que Deus poderia destruir os inimigos e entregá-los nas mãos dos hebreus. Josué e Calebe continuaram crendo que Deus era mais poderoso que os gigantes que tinham visto em Canaã. Eles não mantiveram os olhos nos exércitos poderosos que viriam a enfrentar, eles olharam, pela fé, as bênçãos que teriam acesso naquela terra, que manava leite e mel.
Como consequência, o povo passaria 40 anos vagando pelo deserto, próximos à Terra Prometida, mas sem poder tomar posse dela. Eles não tinham estrutura emocional e fé suficiente para provarem tudo o que Deus lhes havia reservado. Toda aquela geração viria a perecer e somente os que tinham abaixo de 20 anos naquele período entrariam em Canaã. Porém, a fé de Josué e Calebe os fez tomarem posse da promessa. Eles haveriam de entrar na Terra. Não só entrar, mas iriam liderar aquele povo.
A geração com mente de escravo faleceu e uma nova geração, que já nasceu livre, se tornou um povo forte: Israel, o povo escolhido por Deus. As nações ao redor os temiam. Exércitos fortemente treinados eram derrotados por aquele povo do deserto. As guerras eram comandadas por Josué, debaixo do comando do próprio Senhor.



ESFORÇA-TE!


Quando Deus fala para Josué se esforçar e não temer, ele tinha acabado de perder seu líder e, agora, era ele próprio que deveria guiar o povo para a Terra Prometida. Durante a jornada do deserto, o povo murmurou, viveu milagres, mas também, terríveis punições por seus pecados. Agora o momento é diferente para Josué. São tempos de guerra. Depois de 40 anos aguardando, sendo forjado e vendo o poder de Deus, o velho Josué, com cerca de 80 anos, deveria agora comandar um exército que enfrentaria poderosas nações.
É o fim ou o início da jornada? É o fim da preparação e início da posse da Terra. O que antes era promessa, agora se tornaria realidade. Mas, primeiro era preciso lutar! E para essa guerra era preciso levar a espada e o escudo. A espada é a Palavra de Deus e o escudo é a fé que Josué sempre manteve firme.



JOSUÉ, NOSSO EXEMPLO

Sinta-se, hoje, como Josué. Alguém que já foi escravo um dia. Escravo do pecado e de Satanás. Escravo do Império das Trevas, liberto por Cristo e transportado para o Reino do Amor de Deus, como Paulo diz aos Colossenses (Cl 1:13).
Você deve ter uma promessa de Deus em sua vida, que parece muito distante e que, de acordo com as circunstâncias, parece que nunca irá se realizar. Josué vivia em meio a um povo incrédulo. Que viu maravilhas e, ainda assim, duvidou que Deus pudesse cumprir o que prometeu. Mas, Josué escolheu crer. Independente das circunstâncias, dos gigantes, das cidades fortificadas, ele escolheu enxergar as riquezas que Deus tinha preparado.
Ele foi escolhido para guiar o povo até Canaã. Ele não somente entrou na Terra Prometida, mas ele foi essencial para que Israel conseguisse vencer aquelas batalhas. Ele cumpriu o chamado que Deus lhe havia designado. Ele escolheu crer e obedecer.
Crer e obedecer são escolhas nossas. Os anos do deserto podem nos preparar para tomar posse e aproveitar a promessa ou podem ser anos de entrega em que vamos perecer sem experimentar as bênçãos reservadas por Deus.
O fato é que sem a Palavra de Deus, sustentada e protegida pela fé, não vamos muito longe. Iremos andar em círculos, chegarmos até próximos da promessa, mas não conseguimos tomar posse, pois não sabemos verdadeiramente qual é a vontade de Deus para nós. Se não conhecemos a Palavra de Deus, não reconhecemos a promessa, se não temos uma fé firmada, não conseguimos tomar posse.
Depois de mandar que Josué meditasse na Palavra, Deus ainda pediu que ele se esforçasse, não temesse, tivesse bom ânimo e não se espantasse, pois o próprio Deus o ajudaria. Não é da nossa própria força que vamos conquistar as bênçãos. Mesmo depois de guardarmos a fé e a Palavra, precisamos crer que Deus é conosco, que Ele abre os caminhos e faz o que não é possível para nós. Afinal, o esforço é nosso. O milagre é Ele quem faz.


Firme-se na Palavra.

Tenha fé.

Seja esforçado em servir a Deus.

Não tenha medo.

Deus é contigo.

O deserto vai chegar ao fim.

Receba a promessa. 


terça-feira, 3 de maio de 2016

Quando deixamos a vida acontecer...

Meus 15 anos. Quando ainda somos meninas sonhadoras que
esperam o príncipe encantado
Fiz esse texto diretamente em minha fanpage no facebook e, só agora estou reproduzindo aqui, pois lá, foi bem espontâneo.
Escrevi pensando em tudo o que sonhei até aqui, o que Deus tem feito dos meus sonhos e o que eu tenho feito dos sonhos Dele para mim.
Mas, entendo que Ele tem feito abundantemente mais pra mim do que eu para ele. Aliás, tenho estado tão alheia às coisas Dele ultimamente, mas sinto que Ele tem feito nascer as sementes que, durante anos, eu plantei e reguei com lágrimas.
Assim, a cada dia, a cada milagre, experimento a fidelidade Dele e sinto o quão bom é servi-lo, mesmo quando tudo parece tão difícil. 


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Chega um momento na nossa vida em que percebemos que não desejamos mais viver contos de fada.
A vida é muito mais que um amor difícil, inesperado e desconhecido.
Pense bem.
Os príncipes dos contos de fada eram estranhos às princesas ou os amores eram difíceis de se concretizarem.

A vida não é assim.
A vida é mais simples.
A vida é natural.
Viver é natural.
E se deixarmos acontecer, o Autor da Vida escreve a nossa história.
E essa história é perfeita. Perfeitamente encaixada nos nossos sonhos.
Nossos sonhos se encaixam nos sonhos Dele e tudo se concretiza.
E aí percebemos que era mais simples do que imaginávamos.
E que pode ser melhor do que sonhávamos.
Não será um encontro de pessoas perfeitas.
Mas, o encontro acontecerá.
E o encontro sim, será perfeito.
E todos os que virão após ele.
Qual é a nossa parte como personagens?
Deixarmos o Autor da vida escrever nossa história.
Existirão muitos obstáculos,
Mas, o Deus que abriu o Mar para o povo passar,
Nos ajudará a saltá-los.
Milagres são diários.
Somos apenas instrumentos nas mãos
Daquele que os realiza em nossas vidas.

#Quando fiz o texto, fiz pensando nos bons momentos que vivi em um relacionamento inusitado. Ele terminou, mas os aprendizados ficaram e ainda creio em tudo o que escrevi acima, pois sei que o Deus a quem sirvo, é maior e melhor do que meus sonhos e desejos. Ele pode cumprir o que sonho, mas é poderoso para fazer infinitamente mais. Ele é fiel, mesmo quando não sou. Ele pode quando eu não tenho mais forças. É Ele quem me sustenta e Seu Espírito que me guia.

E mesmo quando a vontade Dele é diferente da minha, eu sei que Ele tem o melhor. E sigo confiando em Suas promessas.

Vida que segue... E a fé não pode ser abalada... 

quarta-feira, 2 de março de 2016

A Palavra na memória e no coração



A memória é uma das coisas mais interessantes no ser humano. É algo quase infinito e intangível. Nosso cérebro é capaz de guardar e processar informações durante muitos anos e nos surpreender com lembranças que nem imaginávamos existir. Outras tantas são guardadas e relembradas de tempos em tempos e nem sabemos o motivo.

Uma dessas lembranças pra mim é de uma tarde no Guarujá, em São Paulo. Eu tinha uns 14 anos e estávamos visitando algumas casas (enormes e lindas!) em um condomínio por lá. Em uma delas, percebi que nos umbrais tinham sido pregados vidrinhos retangulares, pequenos e com um papelzinho dentro. Aquilo me deixou bastante curiosa. Perguntei para alguém e me disseram que aquela era uma casa de judeus e aquilo fazia parte da cultura deles.


Tempos mais tarde, entendi o que aquilo significava ao passar pela seguinte passagem de Deuteronômio 6:4-9: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão como frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”. 

O final dessa passagem de Deuteronômio refere-se ao objeto que despertou minha curiosidade. Ele se chama “Mezuzá” e é um objeto sagrado para os judeus. Existe a forma certa de ser produzido e, de acordo com a tradição judaica, traz proteção para os moradores da casa. << Imagem do Google. >> Fonte (informações): www.chabad.org.br 



























Mas, se temos a memória, porque Deus mandou que os mandamentos Dele fossem transmitidos de pai para filho e em todo o tempo? Simples, a nossa memória é falha. Podemos lembrar inconscientemente de alguns momentos, no entanto, a certeza de que iremos lembrar daquilo que realmente é importante só acontece se tal assunto for constantemente mencionado.

Uma das primeiras dicas que as pessoas que possuem falhas na memória recebem é anotar o que elas precisam lembrar. Ter uma agenda para os compromissos diários ou colocar recadinhos na geladeira e espelho são algumas das soluções encontradas para quem costuma esquecer. Entendendo que nos tempos em que essa passagem foi escrita a maioria das pessoas não sabia ler ou escrever, a tradição oral é que era mais forte. Sendo assim, o mais comum era que os pais contassem as histórias e ensinassem seus filhos sobre os mandamentos do Senhor. A escrita acabava sendo restrita a uma parcela menor da população.

Vemos, em muitos momentos, o povo de Israel pecando contra o Senhor, pois se esqueceram das leis Dele. Isso acontecia, provavelmente, porque já não obedeciam ao mandamento de transmitir as histórias para seus filhos. E a memória ia sendo perdida, geração após geração. Até que Deus levantava profetas para alertar sobre os pecados do povo e ensiná-los, novamente, o caminho que deveriam trilhar.

O maior dos Salmos, o 119, é uma poesia de amor à Palavra de Deus. O salmista repete diversas vezes sobre a importância e a necessidade de guardar na memória e no coração a Lei do Senhor. Essa atitude o manteria puro, firme, sábio e traria tantos outros benefícios que ele provava diariamente ao meditar nas ordenanças do Senhor.

Se você já assistiu o filme “O Livro de Eli”, com Denzel Washington (alerta Spoiler!), sabe que o personagem principal, em um mundo devastado pela guerra, enfrenta desafios para proteger um objeto valioso e importante, que seria a esperança da humanidade (termos utilizados na sinopse do filme no site Adoro Cinema). Esse objeto era uma Bíblia. Mas, porque uma Bíblia seria a esperança do mundo?

Nesse livro (ou conjunto de livros) contém as palavras que o próprio Deus deixou para o homem. São as leis, revelações, histórias e lições que podem reger nossa vida e fazer com que sejamos diferentes em um mundo repleto de egoísmo e falta de amor. Essa Palavra é vida no meio da morte.

Hoje, temos versões em vários idiomas e formatos que vão desde o papel e áudio, até aplicativos que cabem na palma das nossas mãos. No entanto, apesar de tão próxima e palpável, ela parece estar cada vez mais distante dos nossos corações. Não temos o amor e a reverência que a ela são devidos.

Os judeus tem essa Palavra como objeto de proteção, o filme, como uma mensagem de esperança e nós, cristãos, que deveríamos tê-la como padrão de vida e levá-la na memória e no coração, só a temos como um livro que carregamos debaixo do braço uma vez por semana ou como um ícone na tela do celular, onde clicamos de vez em quando. Não ensinamos nossos filhos sobre a importância dessa Palavra, até porque, nós mesmos, tantas vezes, não nos importamos com ela. E assim, a memória vai se perdendo. Mesmo que escrita, está esquecida e empoeirada nos cantos dos armários.

O próprio Jesus, que é o Verbo, a Palavra de Deus, se comparou ao Pão da Vida. Isso quer dizer que a Palavra é alimento que traz vida. Vamos alimentar nossa memória com essa mensagem. Vamos alimentar nosso coração com essa mensagem. Vamos alimentar as próximas gerações com essa mensagem. Só assim teremos um povo forte! Não forte fisicamente, mas forte da Vida de Deus! E, só assim, poderemos transformar o mundo em que vivemos como Cristo transformou. 




segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Por que preciso subir o monte?

Monte Sinai - Fonte: Google images
Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?
Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos.
Ele receberá bênçãos do Senhor, e Deus, o seu Salvador lhe fará justiça.
Salmos 24:3-5


Em muitas passagens da Bíblia, diversos personagens importantes subiram montanhas. Os montes na Bíblia são lugares onde aconteceram eventos muito impactantes e importantes e que resultaram em novas experiências, tanto para essas pessoas, quanto em suas comunidades. 

Talvez por isso que, atualmente, os cristãos tenham o costume de subir os montes de suas cidades para ter momentos de oração. Eles vêem a necessidade de se consagrar para essa experiência, promovem campanhas e entendem que esse seria um lugar diferente para se estar com o Senhor. Nas cidades existem locais já conhecidos pelos crentes e que várias igrejas sobem e, independente de denominação, dividem o mesmo espaço para buscar a Deus. 

Nesse artigo, vamos analisar esse local de separação como algo simbólico na Palavra de Deus. Vejamos alguns momentos em que os personagens bíblicos precisaram "subir o monte":

- Abraão, a mando de Deus, subiu a Montanha (Terra de Moriá) para oferecer seu único filho, Isaque. A Montanha dele foi ter sua fé testada e, hoje, ele é considerado o Pai da Fé. (Gênesis 22)

- Moisés passou 40 dias no monte e foi lá que recebeu a Lei do Senhor, o testemunho da Aliança de Deus e o povo de Israel. (Exôdo 19)

- Jesus levou seus discípulos ao monte e ali transfigurou-se diante deles. Eles tiveram suas vidas impactadas, pois viram seu mestre em glória.

- Jesus foi orar no Getsêmani. Em um momento de profunda dor e entrega Ele chegou a transpirar sangue e pedir que se fosse possível, não bebesse daquele cálice. Mas Ele foi obediente. (Mateus 26:36-46) No Gólgota, foi crucificado e, por isso, somos salvos. (Mateus 27:33)

- Em Betânia, na frente dos discípulos, Ele ascendeu aos céus e prometeu que irá voltar e é sobre essa Palavra que reside a nossa esperança hoje.
(Atos 1:9-10)

Cada local desses teve seus próprios desafios e suas consequências trouxeram nova vida e esperança a nós. 

Cada um de nós conhece os desafios e a altura do seu próprio monte e, do outro lado, está a terra da promessa da Palavra de Deus pra cada um de nós. 

São noites a serem vividas até chegarmos ao cume de cada monte. Sono, cansaço, frio, fome etc.

Muitas coisas devem ser deixadas para trás. Talvez pessoas que atrapalham a caminhada, talvez equipamentos pesados demais... Cada um conhece seus próprios limites. 

Talvez você precise de companhia pra subir, talvez ninguém seja capaz de te acompanhar... Mas a lanterna, a água e o alimento, que são a Palavra de Deus e o fogo que aquece durante a noite, que é o Espírito Santo, nos acompanham todos os dias.

Lembrem-se! As montanhas mais altas e desafiadoras só são alcançadas por aqueles que estão preparados. Deus não nos coloca frente a um monte que não possamos escalar. Ele nos dá as condições e os instrumentos certos, cabe a nós o primeiro passo rumo a essa nova terra.


Outras observações

No encontro de Jesus com a mulher Samaritana, em Lucas 4, Cristo alerta que chegaria o momento em que o local já não seria mais tão importante, mas o coração do adorador, que precisa adorar em espírito e em verdade. 

Concluímos que podemos ter o monte, hoje, como algo simbólico: um local de separação, consagração, de estarmos mais perto de Deus e longe dos barulhos e perturbações do mundo. Subir (literalmente) a um monte nos dias de hoje é interessante por esses motivos, porque podemos nos afastar da movimentação urbana e separar um momento e local específico para Deus. 

Se você não pode, por algum motivo, fazer isso, separe um local em sua casa para ter momentos a sós com o Senhor. Seu quarto, a lage ou terraço, a varanda. Um local onde se sinta à vontade para estar diante daquele que é o Deus Todo Poderoso e, ao mesmo tempo, seu pai amoroso. Um local onde você possa se derramar na presença Dele e, depois que levantar, crer que acabou de ter uma nova experiência com o Rei dos Reis.