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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

DEUS É UM MATADOR DE SONHOS

Foto: Samuel Lima (@photo.samuel_)

 
 
 
Conhece a história de José do Egito? Veja o que Deus fez com ele. Depois de sonhar que seria grande entre os familiares, foi humilhado pelos irmãos, dado como morto, feito escravo, preso injustamente. Deus deu a José um sonho, encheu seu coração de esperança e, depois, o fez sofrer intensamente, passar por incontáveis provações que, talvez, eu e você não aguentaríamos. Talvez nosso coração se fechasse diante deste deserto. Mas, José foi firme e fiel a Deus e chegou no propósito. 






A Palavra de Deus diz que Ele tem, sobre nós, pensamentos de paz para dar a nós, o fim que desejamos (Jr 29:11-13). Através da oração e busca, encontramos Deus e seus propósitos. Quando a Bíblia cita os grandes homens de Deus e suas histórias, ela nos ensina como Ele trabalha. Ele mata os sonhos humanos para construir em nós, os sonhos Dele.

Nossos sonhos de crescimento, que só alimentam nosso próprio ego, são quebrados para que Ele plante em nós sonhos que possam honrá-lo.

Isso não significa que não seremos honrados também. Pelo contrário, os nossos próprios sonhos poderiam nos levar para caminhos distantes da graça de Deus, com fins de morte. Os Dele podem ter caminhos tortuosos a nossa vista, mas que nos fortalecem na caminhada para o fim de paz, pois a vontade Dele para nós é “boa, perfeita e agradável” (Rm 12). José passou por décadas de provações até se tornar governador do Egito, Moisés viveu 40 anos no deserto antes de libertar o povo e guiá-los até a Terra Prometida. Paulo ficou cego e, depois, viveu três anos no deserto antes de começar o ministério. 
 
E você? Como está sendo sua caminhada? Quais sonhos seus, Deus já matou?

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Ele não muda


Como seres humanos, somos criaturas instáveis emocionalmente e espiritualmente. Por isso, para mim, a característica mais interessante de Deus é a IMUTABILIDADE. Mesmo quando não somos fiéis a Ele, Ele continua sendo fiel. Mesmo quando esquecemos as promessas que Ele nos fez, Ele continua firme e lembrando tudo o que nos prometeu. 



De acordo com Hebreus, a fé é a certeza das coisas que se não veem. (Hb 11). Estar certo é estar firme em um propósito. E quem é o Autor e Consumador da nossa fé? Jesus! Ele é a certeza do cumprimento das promessas. É Ele quem promete e é Ele quem realiza. Em Tiago 1:17, a Palavra de Deus diz que "toda boa dádiva e todo bom perfeito é lá do alto... do Pai das Luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação."

A Bíblia fala que Jesus é a rocha na qual devemos estar firmados. Você já observou aquelas montanhas que são rochas gigantescas? Eu amo observar as paisagens das estradas e, na estrada Juiz de Fora x RJ, o caminho foi aberto por entre elas. No Rio também existem túneis que foram abertos no meio delas. Sempre vejo essas montanhas como firmes e imponentes. Elas permanecem ali pelos séculos dos séculos. O homem não é capaz de removê-las. Ou ele as contorna ou passa pelo meio delas. 

Assim é com Cristo. Ele permanece firme, imutável. Cabe a nós estarmos Nele. Sobre Ele. Dentro Dele. Ao redor Dele. Ele é a rocha inabalável. Somos humanos, cheios de temores e incertezas. A vida é cheia de incertezas


“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.
Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda”. Mateus 7:24-25

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Judaísmo e Cristianismo: as práticas judaizantes na igreja evangélica neo-pentecostal brasileira

Trabalho Final para a disciplina “Tópicos de História Política e das Instituições”


Réplica da Arca da Aliança sendo vendida no 

Este trabalho busca introduzir a questão das igrejas que misturam rituais e símbolos judaicos, com preceitos cristãos, as chamadas igrejas “judaizantes”. Fato este, que acontece desde o período neo-testamentário. No entanto, o trabalho terá como foco as igrejas evangélicas neo-pentecostais contemporâneas.






Do Judaísmo para o Cristianismo


Que Jesus Cristo era judeu, todos que conhecem a história, sabem. No entanto, como descrito no livro de Atos dos Apóstolos, seus discípulos, que também era judeus, deram origem a uma nova religião: o cristianismo. Ela rompia com as tradições e rituais exigidos pela “Lei de Moisés”. A nova religião monoteísta, valoriza a fé e não possui ritos, mas sim, regras de convívio e de moral, baseadas nos ensinamentos de Jesus.
Em Mateus 5:17-18, Jesus disse

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”


As festas e leis instituídas no Antigo Testamento eram sinais do que haveria de acontecer com a vinda de Jesus. As festas tinham o significado físico, mas também material, como por exemplo, a Páscoa, que significa a libertação (do Egito e espiritual).
Inclusive, no Evangelho de João, o próprio Jesus instaura uma nova lei: amar uns aos outros, como Ele nos amou. Já, na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo reforça esse preceito de Cristo e ainda conclui: “(...) o cumprimento da lei é o amor” (Romanos cap. 13 vers. 10).
Portanto, como dito anteriormente, o cristianismo inaugura uma nova fase, com menos rituais e simbologias, eliminando sacrifícios de animais e demasiadas restrições alimentares e exigindo novas responsabilidades na conduta da vida cotidiana. Inclusive, na aceitação dos gentios (povos não-judeus), que se converteram ao cristianismo.


Judaizantes no período neo-testamentário
Mesmo nos primórdios, quando os apóstolos ainda ensinavam os novos preceitos, existiam aqueles que ainda buscavam a salvação pela Lei. Paulo, por exemplo, abordou o problema doutrinário em sua carta aos Gálatas. O fato acontecia, muitas vezes, por influência de judeus que se converteram ao cristianismo e, como eram circuncidados, entendiam que os gentios também deveriam ser, além de exigirem que seguissem outras regras determinadas no judaísmo.
Mas, o apóstolo Paulo reforça que essa prática já não condizia com os novos preceitos ensinados por ele e pelos outros “pais” da Igreja Primitiva. A vinda de Jesus, seus ensinos e sua obra, seriam suficientes para que todos aqueles rituais fossem deixados para trás.
No versículo 16 do 2º capítulo da carta de Paulo aos Gálatas, o apóstolo deixa claro que a lei não serve mais para justificar o homem. “(...) também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado”. No 3º capítulo da mesma epístola, no versículo 13, Paulo alerta: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”.
Por isso, devido aos contratempos que aconteciam por causa dessas diferenças ritualísticas entre judeus e gentios convertidos ao cristianismo, os apóstolos da Igreja Primitiva se reuniram em Jerusalém (Atos dos Apóstolos cap. 16 vers 6-29) e decidiram sobre como os gentios deveriam se comportar nessa nova fé, já que não precisariam cumprir as leis que os judeus guardavam. Ficou decidido que era necessário se abster das relações sexuais ilícitas, das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas.

Os Judaizantes da atualidade
O assunto é amplamente conhecido nas igrejas atuais. Existem as pessoas que combatem tais práticas e as que defendem. Os que praticam, fazem uso excessivo de símbolos da fé judaica, como, shofar, bandeira de Israel, Menorah, Talit e a observância das festas judaicas. Denominações neopentecostais contemporâneas são as que, em grande parte, realizam eventos e mensagens de cunho judaizante.
Ainda nessa teoria, de acordo com o músico e pastor, Sóstenes Mendes Xavier, autor do livro “As Festas do Senhor”, as sete celebrações instituídas por Deus no Antigo Testamento estão divididas em três temporadas e podem ser aplicadas na vida de Jesus e dos cristãos. Em toda sua obra, o autor orienta a prática das Festas, nos dias indicados na Bíblia e com as músicas e danças respectivas. Para ele, é uma volta aos ensinos primordiais de Deus, ao mesmo tempo em que fala que isso não é ser judaizante. Sóstenes também ressalta a importância da comunhão entre judeus e gentios.
Certas igrejas promovem tais Festas, fazem réplicas da Arca da Aliança, do Tabernáculo, pastores pregam vestidos com Talit, entre outros rituais. Esses líderes e comunidades baseiam tais atitudes a partir do slogan “Sair de Roma e voltar para Jerusalém”, que seria uma referência à necessidade de voltar às origens da Igreja. Líderes como Valnice Milhomens e Apóstolo Renê Terra Nova são os mais famosos divulgadores dessa prática no Brasil. 

 
Terra Nova, apóstolo do Ministério Internacional da Restauração, igreja localizada em Manaus/AM, em 2010,  envolveu-se em uma grande polêmica, quando auto intitulou-se “patriarca”, lembrando o chamado de Deus a Abraão. No evento, foi dito que o apóstolo era pai de uma nova visão para o país (Visão Celular no Modelo dos 12), e, por isso, recebia o título. Foram apresentados estandartes e bandeiras das 12 tribos de Israel, dos estados brasileiros e, inclusive, contou com a participação do presidente da ICEJ, Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém, Malcolm Hedding, que declarou que Israel também reconhecia o legado patriarcal do apóstolo.

Entre os exemplos no Brasil, o maior é o da Igreja Universal do Reino de Deus. Em 31 de julho de 2014, a denominação inaugurou o maior espaço religioso do país, com 100 mil m². O local é denominado “Templo de Salomão”, sendo uma réplica do templo de mesmo nome indicado na Bíblia. O espaço ainda conta com o “Jardim Bíblico”. A propaganda no site relata:
“Um passeio temático e único no mundo. Visitantes regressam ao passado para conhecer a réplica fiel do Tabernáculo de Moisés, entrar no Memorial dos Templos de Jerusalém e caminhar pelo Jardim das Oliveiras Centenárias. Um pedaço da Terra Santa no Brasil.”

As fotos abaixo são do “Templo de Salomão”.

Na noite de inauguração, homens vestidos de sacerdotes carregaram uma réplica da Arca da Aliança pelas ruas do bairro do Brás, em São Paulo.

Templo de Salomão está localizado no bairro do Brás, em São Paulo








O Bispo Edir Macedo recebeu os fiéis adornado por um Talit e com as réplicas das tábuas dos Dez Mandamentos atrás do púlpito.

Conclusão

O pastor Renato Vargens explica sobre o porquê das leis não valerem para o cristianismo:

“As leis cerimoniais judaicas, os ritos sacrificiais, as festas anuais, foram abolidas definitivamente por Cristo na cruz do calvário (o significado de cada uma delas se cumpriu em nosso Senhor). Por esse motivo, mesmo os judeus que se convertem hoje ao cristianismo estão dispensados das leis cerimoniais judaicas. É por esta razão que crentes em Jesus, não fazem sacrifícios de animais, não guardam o sábado, não celebram as festas judaicas, não se prostram diante a Arca da Aliança e nem tampouco fazem uso do shofar.”

Para o missionário da Junta de Missões da Convenção Batista Nacional, Luis A. R. Branco, a apreciação atual dos cristãos pela Terra Santa e pelo povo judeu, gera uma importação exagerada dos costumes judaicos, o que fere a orientação apostólica da Igreja Primitiva, dos reformadores e do próprio Jesus. Na epístola aos Gálatas capítulo três, versículo 11, na Bíblia Sagrada, Paulo reforça que, pela Lei, ninguém será justificado diante de Deus.
Com tudo isso, conclui-se que os símbolos judaicos utilizados em abundância dentro de algumas igrejas neo-pentecostais contemporâneas são desnecessários para a prática do cristianismo pregado pelos apóstolos. Os líderes que praticam tais coisas, baseiam-se no Antigo Testamento e em objetos que não possuem relevância para a prática cristã, servem somente como adornos e simbologias para os locais e eventos.



Fontes das imagens e informações:


https://noticias.gospelmais.com.br/pastor-critica-adocao-costumes-judaicos-igrejas-evangelicas-65004.html. Acesso em 22 de maio de 2017 às 15h36.

http://www.eismeaqui.com.br/estudos-biblicos/as-heresias-do-cristianismo-judaizante/. Acesso em 22 de maio de 2017 às 16h47.

http://noticias.r7.com/brasil/com-a-presenca-de-dilma-templo-de-salomao-e-inaugurado-em-sao-paulo-13102016. Acesso em 14 de junho de 2017 às 10h50.
http://www.mir12.com.br/br/2014/noticias/779-rene-terra-nova-13-anos-de-apostolado-autoridade-com-maturidade

https://noticias.gospelmais.com.br/apostolo-rene-terra-nova-mir-13195.html. Acesso em 21 de junho de 2017, às 18h08.

O que é o Talit - http://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/602882/jewish/Talit-e-Tsitsit.htm
XAVIER, SÓSTENES M. As Festas do Senhor. Minas Gerais: Betânia, 2003. 127 p.  
ALMEIDA, JOÃO FERREIRA DE. Bíblia Sagrada. Vida, 1996.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Você é filho adotivo

Fonte: Google - Revista Pais e Filhos




Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1:12-13





Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.” Romanos 8:15-17


Desde que me conheço por gente, algumas certezas em minha vida sempre foram constantes. Uma delas é o fato de ter o sonho de adotar uma criança. Minha visão é que a adoção por pessoas responsáveis e que tenham amor para dar é capaz de mudar o destino de uma pessoa. Talvez, aquele alguém passaria a vida toda em um abrigo, com o sentimento de abandono. Talvez crescesse revoltado, sem saber o motivo pelo qual veio ao mundo.
No entanto, não sei se um dia serei capaz de realizar esse sonho. Já ouvi de várias pessoas as razões pelas quais a adoção seria uma ideia ruim. Para muitos, adoção é um processo trabalhoso e as crianças tendem a ser problemáticas, ou seja, para eles não vale a pena. O que vale mesmo é ter o seu próprio filho (sempre que possível). É claro, que nem todos têm a possibilidade de adotar, seja por estrutura física, financeira ou, até mesmo, emocional. Mas, pensar assim não seria um tanto egoísta?
***
Voltemos nossa reflexão para a Bíblia e para a ação de Deus para com o homem. A Palavra Dele nos diz que se cremos no nome de Jesus recebemos o direito de sermos filhos de Deus. E somos filhos por adoção, consequentemente, irmãos de Jesus.
E quem é Jesus? Ele é o Filho de Deus. Se fôssemos imaginar de forma terrena: Jesus é o Filho de sangue e nós, os adotados. Imagina se Deus tivesse esse mesmo pensamento negativo que temos sobre adoção. “É trabalhoso e não vale a pena, pois eles dão muito trabalho. São muito problemáticos.” Nós não teríamos recebido a salvação e a justificação por meio de Cristo e tantos outros benefícios que a adoção traz para nós.
Ele nos tirou do Império das Trevas, das mãos de Satanás, que nos aprisionava em pecado, destruição e desilusão e nos trouxe para o Reino do Filho do seu amor (Cl 1:13). E, para que isso acontecesse, Ele precisou ver o seu próprio filho morrer. Jesus, o filho de sangue, morreu, para que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus por adoção. Para, assim, termos os mesmos direitos que Cristo tem. Sermos herdeiros de Deus como Cristo é. Recebermos o nome do Pai em nossa “certidão espiritual”. Essa certidão que tira o direito de Satanás sobre nós.
E Ele revelou esse amor infinito e incondicional por nós, seres problemáticos que, muitas vezes, não dão o devido valor ao sacrifício de Cristo, que zombam desse amor, que, em tantos momentos, fogem dos braços desse que deseja nos adotar.
É como se fôssemos uma criança abandonada à própria sorte, sedenta de amor, de uma casa, de um pai, mas que, quando esse pai se aproxima, o rejeita. Ou que, mesmo depois de já ter aceitado essa adoção, maltratam e são rebeldes com quem os amou.
Nós somos assim. Cada vez que não aceitamos o sacrifício de Cristo, cada vez que recusamos o amor de Deus, cada vez que caímos em pecado; perdendo o temor por Ele e pela Palavra, rejeitamos essa adoção.

Mas, quais são as consequências de uma adoção?

  1. A partir do momento que uma pessoa é adotada, ela recebe o nome do pai. Com Deus não é diferente. A adoção nos dá o direito de usar a autoridade do nome de Jesus (Jo 16:23-24).
  2. Por ter o nome do pai, o adotado passa a ter direitos na herança. A Palavra de Deus afirma que nos tornamos co-herdeiros com Cristo na glória de Deus (Rm 8:17).
  3. Quando temos família, podemos dividir nossas lutas. Jesus fala para colocarmos todo o fardo que carregamos sobre o ombro Dele (Mt 11:28-29).
  4. Quando somos filhos, temos liberdade suficiente para pedirmos ao pai o que precisamos. E é o pai, o supridor das necessidades da família. A Bíblia afirma que Deus supre nossas necessidades e essa adoção traz para nós riquezas em Cristo (Fp 4:19).
  5. Se antes, como órfão, não existia quem o disciplinasse, agora, como filho de Deus, Ele mesmo te ensinará os caminhos. (Hb 12:5-11)

Usufrua dos benefícios de ser filho do pai mais amoroso que poderia existir. Ele te criou e, por isso, te conhece melhor do que qualquer outro. Ele te ama, deseja ter um relacionamento contigo e te guiar por caminhos de benção e paz (Jr 29:11-13). Os sonhos Dele para você são melhores e maiores do que você possa imaginar (I Co 2:9).

Corra para os braços do Pai. Não só nesse dia, mas todos os dias. Não somente quando tiver problemas, mas também para aproveitar a presença doce e acolhedora do Pai celestial.


Ele te ama e quer te adotar. Você aceita ser filho Dele?

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A Terra Prometida

Moisés, Arão e Josué guiando o povo hebreu pelo deserto.
Foto: Fanpage "A Terra Prometida"


“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” Josué 1: 8,9





Essa semana a minha novela mais linda de todas, “Os Dez Mandamentos”, chega ao fim. Terça-feira, dia 5 de julho, “A Terra Prometida” terá início. A nova teledramaturgia da Rede Record de Televisão é a continuação da história bíblica da jornada anterior. Na verdade, é agora o momento em que os hebreus entram na tão sonhada, Canaã.

Hoje, ao acordar, Josué 1:9 brotou do aplicativo do tablet. Ao abrir o facebook, um colega tinha acabado de postá-lo e, mais tarde, outra pessoa da minha rede social também postou. Vi a passagem pintada em um muro e outra amiga também postou no facebook à noite. Ou seja, é notório que Deus está querendo dizer algo. Não acho que apareceu tantas vezes diante de mim à toa e escrevo esse texto para declará-la para você também, leitor. Sabemos que esse versículo se trata de uma mensagem de Deus a Josué, mensagem esta que é totalmente atual e podemos tomá-la para nós.



JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA

Josué serviu Moisés durante o tempo em que o povo escolhido por Deus passou no deserto. Provavelmente, em seu tempo de Egito, havia sido escravo. No entanto, ao chegar ao deserto, diferente da maioria dos hebreus, não continuou com a mente de escravo. Sua fé era firmada nas promessas do Senhor e no poder do Deus de Israel. O mesmo Deus que enviou as pragas ao Egito, para que o povo fosse liberto, que fez o mar se abrir, para livrá-los da mão de Faraó, que enviou o maná do céu, dentre outras tantas maravilhas.
Difícil é entender como o povo conseguiu duvidar das promessas de Deus, tendo presenciado tantos milagres. A terra prometida já estava próxima e eles deveriam tomar posse da vitória, mas dentre os 12 representantes da Casa de Jacó, enviados para espiar Canaã, somente dois acreditaram que Deus poderia destruir os inimigos e entregá-los nas mãos dos hebreus. Josué e Calebe continuaram crendo que Deus era mais poderoso que os gigantes que tinham visto em Canaã. Eles não mantiveram os olhos nos exércitos poderosos que viriam a enfrentar, eles olharam, pela fé, as bênçãos que teriam acesso naquela terra, que manava leite e mel.
Como consequência, o povo passaria 40 anos vagando pelo deserto, próximos à Terra Prometida, mas sem poder tomar posse dela. Eles não tinham estrutura emocional e fé suficiente para provarem tudo o que Deus lhes havia reservado. Toda aquela geração viria a perecer e somente os que tinham abaixo de 20 anos naquele período entrariam em Canaã. Porém, a fé de Josué e Calebe os fez tomarem posse da promessa. Eles haveriam de entrar na Terra. Não só entrar, mas iriam liderar aquele povo.
A geração com mente de escravo faleceu e uma nova geração, que já nasceu livre, se tornou um povo forte: Israel, o povo escolhido por Deus. As nações ao redor os temiam. Exércitos fortemente treinados eram derrotados por aquele povo do deserto. As guerras eram comandadas por Josué, debaixo do comando do próprio Senhor.



ESFORÇA-TE!


Quando Deus fala para Josué se esforçar e não temer, ele tinha acabado de perder seu líder e, agora, era ele próprio que deveria guiar o povo para a Terra Prometida. Durante a jornada do deserto, o povo murmurou, viveu milagres, mas também, terríveis punições por seus pecados. Agora o momento é diferente para Josué. São tempos de guerra. Depois de 40 anos aguardando, sendo forjado e vendo o poder de Deus, o velho Josué, com cerca de 80 anos, deveria agora comandar um exército que enfrentaria poderosas nações.
É o fim ou o início da jornada? É o fim da preparação e início da posse da Terra. O que antes era promessa, agora se tornaria realidade. Mas, primeiro era preciso lutar! E para essa guerra era preciso levar a espada e o escudo. A espada é a Palavra de Deus e o escudo é a fé que Josué sempre manteve firme.



JOSUÉ, NOSSO EXEMPLO

Sinta-se, hoje, como Josué. Alguém que já foi escravo um dia. Escravo do pecado e de Satanás. Escravo do Império das Trevas, liberto por Cristo e transportado para o Reino do Amor de Deus, como Paulo diz aos Colossenses (Cl 1:13).
Você deve ter uma promessa de Deus em sua vida, que parece muito distante e que, de acordo com as circunstâncias, parece que nunca irá se realizar. Josué vivia em meio a um povo incrédulo. Que viu maravilhas e, ainda assim, duvidou que Deus pudesse cumprir o que prometeu. Mas, Josué escolheu crer. Independente das circunstâncias, dos gigantes, das cidades fortificadas, ele escolheu enxergar as riquezas que Deus tinha preparado.
Ele foi escolhido para guiar o povo até Canaã. Ele não somente entrou na Terra Prometida, mas ele foi essencial para que Israel conseguisse vencer aquelas batalhas. Ele cumpriu o chamado que Deus lhe havia designado. Ele escolheu crer e obedecer.
Crer e obedecer são escolhas nossas. Os anos do deserto podem nos preparar para tomar posse e aproveitar a promessa ou podem ser anos de entrega em que vamos perecer sem experimentar as bênçãos reservadas por Deus.
O fato é que sem a Palavra de Deus, sustentada e protegida pela fé, não vamos muito longe. Iremos andar em círculos, chegarmos até próximos da promessa, mas não conseguimos tomar posse, pois não sabemos verdadeiramente qual é a vontade de Deus para nós. Se não conhecemos a Palavra de Deus, não reconhecemos a promessa, se não temos uma fé firmada, não conseguimos tomar posse.
Depois de mandar que Josué meditasse na Palavra, Deus ainda pediu que ele se esforçasse, não temesse, tivesse bom ânimo e não se espantasse, pois o próprio Deus o ajudaria. Não é da nossa própria força que vamos conquistar as bênçãos. Mesmo depois de guardarmos a fé e a Palavra, precisamos crer que Deus é conosco, que Ele abre os caminhos e faz o que não é possível para nós. Afinal, o esforço é nosso. O milagre é Ele quem faz.


Firme-se na Palavra.

Tenha fé.

Seja esforçado em servir a Deus.

Não tenha medo.

Deus é contigo.

O deserto vai chegar ao fim.

Receba a promessa. 


quarta-feira, 2 de março de 2016

A Palavra na memória e no coração



A memória é uma das coisas mais interessantes no ser humano. É algo quase infinito e intangível. Nosso cérebro é capaz de guardar e processar informações durante muitos anos e nos surpreender com lembranças que nem imaginávamos existir. Outras tantas são guardadas e relembradas de tempos em tempos e nem sabemos o motivo.

Uma dessas lembranças pra mim é de uma tarde no Guarujá, em São Paulo. Eu tinha uns 14 anos e estávamos visitando algumas casas (enormes e lindas!) em um condomínio por lá. Em uma delas, percebi que nos umbrais tinham sido pregados vidrinhos retangulares, pequenos e com um papelzinho dentro. Aquilo me deixou bastante curiosa. Perguntei para alguém e me disseram que aquela era uma casa de judeus e aquilo fazia parte da cultura deles.


Tempos mais tarde, entendi o que aquilo significava ao passar pela seguinte passagem de Deuteronômio 6:4-9: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão como frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”. 

O final dessa passagem de Deuteronômio refere-se ao objeto que despertou minha curiosidade. Ele se chama “Mezuzá” e é um objeto sagrado para os judeus. Existe a forma certa de ser produzido e, de acordo com a tradição judaica, traz proteção para os moradores da casa. << Imagem do Google. >> Fonte (informações): www.chabad.org.br 



























Mas, se temos a memória, porque Deus mandou que os mandamentos Dele fossem transmitidos de pai para filho e em todo o tempo? Simples, a nossa memória é falha. Podemos lembrar inconscientemente de alguns momentos, no entanto, a certeza de que iremos lembrar daquilo que realmente é importante só acontece se tal assunto for constantemente mencionado.

Uma das primeiras dicas que as pessoas que possuem falhas na memória recebem é anotar o que elas precisam lembrar. Ter uma agenda para os compromissos diários ou colocar recadinhos na geladeira e espelho são algumas das soluções encontradas para quem costuma esquecer. Entendendo que nos tempos em que essa passagem foi escrita a maioria das pessoas não sabia ler ou escrever, a tradição oral é que era mais forte. Sendo assim, o mais comum era que os pais contassem as histórias e ensinassem seus filhos sobre os mandamentos do Senhor. A escrita acabava sendo restrita a uma parcela menor da população.

Vemos, em muitos momentos, o povo de Israel pecando contra o Senhor, pois se esqueceram das leis Dele. Isso acontecia, provavelmente, porque já não obedeciam ao mandamento de transmitir as histórias para seus filhos. E a memória ia sendo perdida, geração após geração. Até que Deus levantava profetas para alertar sobre os pecados do povo e ensiná-los, novamente, o caminho que deveriam trilhar.

O maior dos Salmos, o 119, é uma poesia de amor à Palavra de Deus. O salmista repete diversas vezes sobre a importância e a necessidade de guardar na memória e no coração a Lei do Senhor. Essa atitude o manteria puro, firme, sábio e traria tantos outros benefícios que ele provava diariamente ao meditar nas ordenanças do Senhor.

Se você já assistiu o filme “O Livro de Eli”, com Denzel Washington (alerta Spoiler!), sabe que o personagem principal, em um mundo devastado pela guerra, enfrenta desafios para proteger um objeto valioso e importante, que seria a esperança da humanidade (termos utilizados na sinopse do filme no site Adoro Cinema). Esse objeto era uma Bíblia. Mas, porque uma Bíblia seria a esperança do mundo?

Nesse livro (ou conjunto de livros) contém as palavras que o próprio Deus deixou para o homem. São as leis, revelações, histórias e lições que podem reger nossa vida e fazer com que sejamos diferentes em um mundo repleto de egoísmo e falta de amor. Essa Palavra é vida no meio da morte.

Hoje, temos versões em vários idiomas e formatos que vão desde o papel e áudio, até aplicativos que cabem na palma das nossas mãos. No entanto, apesar de tão próxima e palpável, ela parece estar cada vez mais distante dos nossos corações. Não temos o amor e a reverência que a ela são devidos.

Os judeus tem essa Palavra como objeto de proteção, o filme, como uma mensagem de esperança e nós, cristãos, que deveríamos tê-la como padrão de vida e levá-la na memória e no coração, só a temos como um livro que carregamos debaixo do braço uma vez por semana ou como um ícone na tela do celular, onde clicamos de vez em quando. Não ensinamos nossos filhos sobre a importância dessa Palavra, até porque, nós mesmos, tantas vezes, não nos importamos com ela. E assim, a memória vai se perdendo. Mesmo que escrita, está esquecida e empoeirada nos cantos dos armários.

O próprio Jesus, que é o Verbo, a Palavra de Deus, se comparou ao Pão da Vida. Isso quer dizer que a Palavra é alimento que traz vida. Vamos alimentar nossa memória com essa mensagem. Vamos alimentar nosso coração com essa mensagem. Vamos alimentar as próximas gerações com essa mensagem. Só assim teremos um povo forte! Não forte fisicamente, mas forte da Vida de Deus! E, só assim, poderemos transformar o mundo em que vivemos como Cristo transformou.