quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Quem fica na cidade?



Quem fica na cidade?

Nos últimos meses, 7% das vagas oferecidas pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE) em Juiz de Fora são para fora da cidade, para cidades mineiras vizinhas ou, até mesmo, do Rio de Janeiro. Para atrair candidatos, existem benefícios para os juizforanos interessados, tais como alimentação, alojamento, ajuda de custo para visitar a família e, claro, salários acima da média do município. As ofertas vão desde vagas na construção civil até para cargos administrativos em prestação de serviços. Os salários acima da média de Juiz de Fora dessas vagas, ainda assim, são abaixo da média nacional.
Juiz de Fora possui mão-de-obra-especializada, mas as oportunidades acabam por desvalorizar o empregado. Apesar de ser uma cidade com indústrias, comércio e muita prestação de serviço, a má remuneração ainda continua sendo um problema.
Claro que como funcionários, muitos aspectos são importantes, que vão além do dinheiro. Estar em um ambiente de trabalho agradável e ter benefícios são interessantes, mas estudar durante anos e pagar por esse estudo, para ser mal-remunerado posteriormente acaba por ser desanimador para bons profissionais. Bons profissionais, porque existem aqueles que se satisfazem com pouco, não por “humildade”, mas por comodismo.
Em uma cidade, praticamente, universitária, muitos empresários “investem” em contratar estagiários. Na maioria das vezes não por interesse em proporcionar aprendizado, mas por gastar pouco. Estagiários, em alguns lugares, acabam por trabalhar mais que os funcionários efetivos e ganhar a metade, sem qualquer benefício. Essa é a chamada mão-de-obra barata.Se, sobra estagiário na cidade, porque pagar mais pelo mesmo serviço? E caso reclame, o colaborador pode acabar sendo demitido e contrata-se um estagiário para o lugar dele. E os estagiários? Onde irão trabalhar quando se formarem? Ah! Claro! Em outras cidades.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Sobre "ser jornalista"


É claro que não posso ter know-how para falar sobre o assunto, afinal, ainda estou na faculdade. Terminando, graças a Deus, mas ainda uma acadêmica. Em breve, uma "foca". Ao mesmo tempo em que não vejo a hora de ser uma "foca" prefiro nem pensar no apelido que terei, senão desanimo. Mas, voltando ao assunto...
Apesar de estudante, conseguimos enxergar o futuro profissional, tanto nosso, como de colegas. A vida é cruel, o mercado de trabalho também, mas como já diz um comercial: "A vida é dura só para quem é mole"! Estar em uma faculdade não é sinônimo de moleza. Alguns pensam e agem como se fosse, mas essa é a fase que mais temos que "dar duro" para que no futuro possamos ficar mais "moles". Parece engraçado, mas é verdade! Aprender enquanto é o tempo é o melhor a fazer. Se somos jovens, melhor ainda, se não somos, que aproveitemos a oportunidade de estudar.
Tanta gente querendo estudar e muitas que podem fazê-lo acabam por desprezar, como se não fosse mais que a obrigação. Escolhem o curso de qualquer jeito, ou passam por ele dessa maneira. Não vêem que se esforçar agora é facilitar o futuro. A energia que temos hoje, se reduz a metade daqui há dez anos, e não pretendo estar com o mesmo nível de conhecimento nesse ponto da minha vida. Quero estar como se, realmente, vivi 10 anos aprendendo a cada dia. Sair da faculdade é o marco zero da profissão. Procuro sair do marco zero, alguns preferem negativar esse marco, saindo do curso com o mesmo conhecimento do qual entraram, e dependendo do que fizeram durante os quatro anos, até com alguns neurônios a menos.