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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

DECEPÇÕES E SURPRESAS NA NETFLIX

Ahhh tem tempo que não venho indicar nenhuma série por aqui, não é? 
É porque ultimamente está difícil achar algo que seja realmente digno de indicação ou porque 
acabou passando batido ou porque ainda estava insegura se valia a pena indicar. 

Após finalizar Friends pela 1847182374ª vez, fiquei sem rumo na vida dos seriados. 
Como, normalmente, assisto séries antes de dormir e raramente tenho aquele tempão para assistir 
coisas longas e pesadas, gosto de séries levinhas. E aí que vem a maior dificuldade. 
No entanto, nesse tempo que fiquei sem indicar nada, já encontrei algumas opções ou deixei 
de indicar algumas antes e vou deixar a lista aqui abaixo.

Vou começar por THAT´S 70´S SHOW… que me foi indicada por uma página ligada à Friends. 
É sobre um grupo de amigos adolescentes, que estão sempre reunidos no porão de um deles, 
na década de 70. 
A série tem oito temporadas e foi exibida entre 1998 e 2006. 
Algo legal demais é ver o Ashton Kutcher e a Mila Kunis bem novinhos. 
Vai desde a época de colégio, até o momento em que eles precisam decidir sobre a vida adulta. 
Os pais do personagem principal, Eric Forman (Topher Grace), também são bem presentes 
e rendem bons enredos. 

VIRGIN RIVER

Foto: Google images
 Essa foi minha maior surpresa recentemente. A série é original Netflix e muito maravilhosa. 
Aquela série drama/romance linda, com fotografia, cenários e atuações maravilhosas, 
inclusive de atores famosos em outras séries. 
A história é linda e conta com aquela pegadinha de “mudança de vida”. 
A personagem que sai da cidade grande em busca de novos ares no interior. 
No início é meio chatinho um tanto de flashbacks, mas depois a gente acostuma que tem
 que ter para poder entender a formação dos personagens. 
Enfim, é minha surpresa mais linda nos últimos tempos da Netflix… pena que só tem 10 episódios 
(acho que assisti em menos de uma semana, enrolando para não acabar) 
e não sei quando vem a segunda temporada. Mas a boa notícia é que foi renovada!

WHEN CALLS THE HEART

Essa eu já descobri tem alguns anos. Se passa no início do século, no interior do Canadá. 
A fotografia e figurino são “breathtaking”. É lindíssimo!! 
As histórias são lindas, leves e ainda assim com alguns toques de suspense. 
Uma série que tem muitas crianças você sabe, é uma série para a família toda assistir. 
Está é produzida pelo canal cristão Hallmark.
Me decepcionou um pouco na última temporada disponível na Netflix, aconteceram vários babados envolvendo atores (YouTube conta tudo pra gente, né?), mas nada que me faça deixar de querer assistir a sexta e última temporada, mas ainda esperando chegar na Netflix. Parece que eles conseguiram fazer uma reviravolta lá e ficar bom de qualquer forma. Foi um achado e que valeu super a pena!

OUTLANDER

Por saber que gosto de história, uma colega me indicou esta há bastante tempo. 
Comecei a assistir mesmo antes da Netflix. Depois, quando chegou no streaming, 
ficou bem mais fácil. A história é de uma inglesa que é transportada no tempo 
e chega na Escócia em 1743. É maravilhosa!!! 
Tem cenas pesadas de sexo e violência (algumas eu tinha que passar mesmo, porque não dava)... 
uma especificamente tem importância pro desenvolvimento do personagem. 
Os personagens passam por vários períodos importantes da história europeia e mundial. 
É muito interessante. Está na quinta temporada e aí é esperar a Netflix disponibilizar, 
o que ainda deve demorar um pouquinho, já que só começa a ser exibida na 
TV americana em fevereiro de 2020. 

CRAZY EX-GIRLFRIEND

Estou enrolando para assistir a season finale só para não ficar órfã da série. 
Essa foi daquelas que a Netflix fica indicando e a gente passa direto, sabe? 
Mas ela é muuuiitoooo legal. Também é naquela “vibe” de menina que sai da cidade 
grande e vai pro interior. Mas, nesse caso, a doida vai é atrás de um ex dela. 
É um musical com humor (negro, às vezes). Tem drama, tem comédia, tem romance, 
tem uma personagem principal muito complexa. 
A atriz principal Rachel Bloom também é uma das criadoras. 
O que mais me encanta na série é a criatividade pras músicas e temas. 
É hilário, inteligente, sarcástico. É muito legal! 
*Não assisti o final, pois fiquei enrolando e a Netflix tirou do catálogo.

FULLER HOUSE

A continuação de “Full House”, que marcou gerações, já chegou na quinta temporada 
e está muito boa. No início não achei que fosse durar tanto, mas realmente 
eles incrementaram as histórias e é muito delicinha de assistir. 
No início eles ficavam vinculando demais à série da década de 90, 
agora pararam um pouco com isso e deram “vida própria” aos personagens. 
Ficou mais gostoso de assistir e acho que por isso durou. 
Ela termina com cinco temporadas, mas ainda falta a Netflix lançar metade da quinta temporada. 
Vale a pena assistir. 

THE CROWN

Para quem é apaixonado por história e realezas, o que está fazendo que ainda não assistiu?? 
É a história da Rainha Elizabeth (a Betinha é quase uma imortal, né non?) da infância,
coroação, família, passando por momentos importantes da história do Império Britânico. 
Figurinos, cenários, atuações e fotografia impecáveis!! Está na terceira temporada e é original Netflix.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Eleições 2018: o efeito Bolsonaro

Recebi a imagem em um grupo (hahaha) deve ser print de alguma das lives.
À esquerda de Bolsonaro, está a esposa, Michele. À direita, uma intérprete de Libras

 Que a internet mudou a forma de fazer muita coisa, todos nós sabemos. Mas a transformação que ela realizou na campanha eleitoral deste ano, talvez ninguém pudesse prever. Concordam que o período eleitoral deste ano foi completamente atípico?









Vou chamar a discussão em torno do efeito-causa da internet na campanha, de “efeito Bolsonaro”. 


O novo e o velho: o que mudou?

Não estou falando de preferência política. Quero falar de uma nova forma, quase “sem querer” de fazer propaganda eleitoral. A minirreforma eleitoral já promoveu algumas mudanças e restringiu período (de 90 para 45 dias), dinheiro (proibiu financiamento por pessoas jurídicas) e material para os candidatos (agora não pode fazer um monte de coisa como, por exemplo, plotar o carro inteiro, pintar muros etc). Isso já gerou uma necessidade de transformação na maneira de fazer campanha. Não vimos tanto material sendo distribuído nas ruas, por exemplo, afinal, os gastos deveriam ser menores e o papel se tornou um meio com pouca eficiência e credibilidade. Os candidatos focaram bastante na internet. E ela foi primordial para os resultados. Com pouco dinheiro e pouco tempo na televisão, só restava o uso do meio de comunicação que alia alcance direto e barato com o público.

A televisão e o rádio aliás, que eram meios importantes para se conhecer o candidato, mostraram-se praticamente ineficazes. Não pelas notícias em si, mas pelo horário gratuito que, distribuído aos partidos políticos de acordo com presença na Câmara, tornava-se injusto, inclusive. Na TV, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) tinha tempo suficiente para gastar criticando adversários, Jair Messias Bolsonaro (PSL), com seus oito segundos, apresentava somente uma foto com nome, número da legenda e slogan. Era menos tempo que os candidatos ao legislativo. Não era possível depender somente disso. E Alckmin, mesmo com essa estratégia, manteve desempenho muito abaixo do esperado durante todo período de campanha..

Para Bolsonaro, o trabalho com as redes sociais vinha sendo feito progressivamente há alguns anos. Inclusive, com três cabos eleitorais efetivos: Carlos, Flávio e Eduardo, filhos do capitão. Jovens e eleitos para cargos políticos, foram importantes para a campanha do pai e a presença na internet. Carlos é vereador no Rio de Janeiro, Flávio, senador e Eduardo, deputado federal.


Da água turbulenta para o vinho da comemoração

No entanto, tudo mudou a partir de um acontecimento quase cinematográfico: um atentado com faca no meio de uma multidão, durante a campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. O fato aconteceu no dia 6 de setembro. Coincidentemente, uma data simbólica, visto que era véspera do feriado em comemoração à Independência do Brasil (quer mais “patriota” que isso?”) e um mês antes do primeiro turno das eleições. A partir daí, durante a internação, a campanha passou a ser feita pelos filhos, por eleitores e totalmente voltada para as redes sociais. Os eleitores faziam posts do tipo: “Descansa, capitão, estamos fazendo a campanha por você.” Foram dois grandes procedimentos cirúrgicos e uma bolsa de colostomia que o acompanhará até dezembro ou janeiro. Foi eleito e, talvez, ainda esteja com a bolsa durante a posse. No entanto, vida que segue. Após perder 15 kg e ficar visivelmente debilitado, hoje, se recupera.






Internet: voz do povo e voz para o povo

Antes do atentado, Bolsonaro já estava em primeiro nas pesquisas. No entanto, o acontecido parece ter impulsionado a campanha. Particularmente, a impressão que tive é que muitos que estavam retraídos por serem eleitores do militar reformado, “saíram do armário”. As pessoas começaram a fazer campanha em suas redes sociais e, até mesmo, vídeo com música e dança em homenagem à Bolsonaro surgiu. Meus contatos virtuais estavam divididos, mas quem era 17, se dedicou à campanha. Alguns postavam o dia inteiro no face e, principalmente, nos stories do whatsapp. No whatsapp, grupos com mais de 200 pessoas, frenéticas, comentando o que rolava pelas redes. Conheço gente que estava em cinco de uma vez (eu não aguento não rs).

Quando chegou em casa, já no final do mês, faltando pouco tempo para as eleições, a estratégia utilizada por Bolsonaro foram as “lives”, vídeos ao vivo, transmitidos pelas redes sociais. Lá estava o candidato acompanhado de outras pessoas e de uma intérprete de Libras, em uma mesa, com cenário improvisado. Bem diferente das super produções, até românticas, que estamos acostumados nas propagandas eleitorais da televisão. Era quase um bate-papo, de alguns minutos, muitas vezes, abordando os temas que surgiam na imprensa e na internet por aqueles dias. E assim, dia após dia. Anunciava o horário, entrava ao vivo e conversava com o público.

No instagram e no twitter, bem ativo, fazia posts sobre decisões, explicações e propostas de campanha. E era dali que a imprensa recolhia as informações. Enquanto os outros candidatos estavam na rua, seguidos por repórteres e dando entrevistas, foram poucas vezes que Bolsonaro falou para a imprensa. A escolha foi a campanha direta com seus seguidores/eleitores.

No primeiro turno, não foi aos debates no primeiro turno por orientação médica. Mas, quando liberado, escolheu não ir também. Estratégia (já estava com ampla diferença para o opositor) ou saúde (afinal, seriam momentos de tensão e muito tempo em pé, falando)? Um ou outro, o debate não interferiu no resultado. Se interferiu, não chegou a atrapalhar. Bolsonaro venceu as eleições com pouco mais de 55% dos votos. E, como presidente eleito, está montando seu ministério. E qual meio ele utiliza para divulgar suas decisões? As redes sociais. E ainda deixa claro que ali é o seu meio oficial de informações.




Tudo mudou… é preciso mudar!

A forma de se comunicar mudou e isso está sendo levado para todos os níveis da sociedade. Quando cursei Jornalismo, há mais de dez anos, o Facebook nem era conhecido no Brasil e os celulares não possuíam internet e aplicativos, eram basicamente para fazer chamadas e enviar SMS. Hoje temos um computador na palma das mãos: instrumento poderoso para informar e ser informado, porém, com bastante cautela.


Além de Bolsonaro, outros candidatos que possuíam pouco tempo na televisão, inclusive candidatos ao legislativo, também “enviavam” os eleitores para a internet, sugerindo lives durante o horário eleitoral ou indicando a leitura do plano de governo em seus websites. Diferente dos meios de comunicação de massa, a internet nos permite acessar a informação conforme desejamos. Ao invés de todos assistirem o mesmo programa, ao mesmo tempo, eu consigo acessar um vídeo no YouTube ou uma live no Facebook/Instagram, sobre assunto ou pessoa que seja relevante para mim. E é isso que faz a diferença. Esta “diferença” pode ser boa ou ruim, dependendo de como ou por quem a informação é acessada.


Mais do que nunca, a internet se tornou extremamente relevante e, com certeza, nas próximas eleições, esse meio será visto como prioridade no momento de estabelecer as estratégias de campanha.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

“Anne with an E”: seriado ou obra-prima?


Confesso que desde que encontrei “When Calls the Heart” nos “porões” da Netflix, estou apaixonada por seriados do tipo. Assim como a citada anteriormente, “Anne with an E” é uma série canadense e que se passa num período do início de 1900 lá no interior do Canadá, o que indica uma fotografia belíssima. Mas vamos lá falar sobre “Anne…”.


É claro que a Netflix iria me indicar. A Netflix me entende! hahahahha Concorda? Eu amo séries de época. E, não somente isso. É uma produção lindíssima, com uma história profunda e uma “pegada” super inocente. É para toda família! A série é baseada no livro “Anne de Green Gables”, de Lucy Maud Montgomery (1908), adaptado por Moira Walley-Beckett, produzida originalmente pelo canal canadense CBC e distribuída pela Netflix.


“Anne” me lembra muito a história do livro “Pollyana”, de Eleanor H. Porter, de 1913, com a menina órfã que via o lado bom de todas as coisas, com seu “Jogo do Contente”. Anne veio antes, mas é bem parecida com Pollyana. Ambas são órfãs, muito alegres e cheias de vida.

Lembrei de vir escrever sobre a série, pois li notícias sobre o possível cancelamento. Não acho justo! hehehehe (como se minha opinião fosse fazer uma grande diferença para impedir, né? rs)



Uma menina com muita imaginação. Esta é Anne Shirley, que chega por acaso na fazenda Green Gables. O casal de irmãos esperava um menino para ajudar nos trabalhos da propriedade, mas não tiveram coragem de devolver a órfã e receberam a menina, com um perfil completamente diferente de tudo o que tinham imaginado. A garotinha ruiva, de longas tranças e olhos azuis é interpretada por Amybeth McNulty, uma atriz com pouca idade e muito talento.



A história é temperada por lindas paisagens e figurinos, uma obra-prima! Além disso, a história é envolvente, as atuações são excepcionais e abordam assuntos importantes, tais como o amor de família, a amizade pura entre crianças, o preconceito, entre outras. “Anne with an E” possui duas temporadas disponíveis na Netflix. Vale a pena dizer também que existe uma grande evolução entre a primeira e a segunda temporada, uma evolução na história e na densidade dos temas desenvolvidos. A segunda temporada aprofunda assuntos como bullying, racismo, primeiro amor, puberdade etc. Personagens entram e alguns saem.


A sensibilidade em todos os sentidos desta produção é apaixonante. Uma série com história envolvente e, ao mesmo tempo, inocente, mesmo quando aborda temas complexos. “Anne with an E” é um seriado que vale a pena assistir e decidir se é uma simples série ou uma obra-prima. Assiste lá e depois vem me contar o que achou!




Fonte: Google Imagens, guiadanetflix.com.br e mixdeseries.com.br

quarta-feira, 9 de maio de 2018

"Paulo, o apóstolo de Cristo": Vale a pena ir ao cinema?

O filme é de 2018. Imagem do Google Images,
 
Um filme sobre o Novo Testamento, a partir do livro de Atos, é coisa rara. Com exceção de vários filmes sobre o Apocalipse, poucas são as obras que contam a história de personagens bíblicos do Novo Testamento. Já assistimos diversos filmes, desenhos e seriados sobre as histórias dos personagens do Velho Testamento e sobre Jesus. Mas e Paulo? E Pedro? E João? E os demais apóstolos, durante a implantação da Igreja? E a História do início da Igreja? É certo que os relatos não são tão completos quanto os do Velho Testamento, por isso é necessária uma pesquisa histórica e teológica mais profunda para conseguir fazer uma produção assim.
 
As telas de cinema estão exibindo um filme que busca enfrentar esse desafio. O ator que apresentou Jesus em "A Paixão de Cristo", Jim Caviezel, é o produtor executivo e ator na produção "Paulo, o apóstolo de Cristo". O longa é dirigido pelo jovem diretor e roteirista Andrew Hyatt. Enquando Cavieziel interpreta Lucas, James Faulkner, que atuou em diversos filmes e seriados importantes, está maravilhoso como o apóstolo Paulo. 

O filme...

O filme se passa no período em que Paulo já passou por julgamento em Roma e se encontra na prisão. Lucas corre riscos para visitar o amigo na cela e terminar de escrever o livro de Atos dos Apóstolos. É claro que a produção contém licenças históricas mas, em geral, é bem fiel ao texto bíblico, com diversas citações de Paulo durante os diálogos. O pano de fundo é a loucura da perseguição do Imperador romanos, Nero, aos cristãos, como eles tentam se proteger e como eles pretendem sair da cidade. E, nesses momentos, as cenas são bem fortes. 

Paulo (James Faulkner) e Lucas (Jim Cavieziel)
 O roteiro também possui sua própria interpretação teológica acerca do tão discutido "espinho na carne" de Paulo. Confesso aqui que, com essa parte, apesar de emocionante, eu não concordei rsss... Tenho minhas próprias ideias acerca do tal "espinho", entre outras observações. Mas não vou dar spoiler aqui e quero que vocês observem se conseguem reconhecer isso no filme.  


Outra licença histórica está relacionada com a inserção do núcleo do personagem de Olivier Martinez, um prefeito do Império Romano, responsável pela prisão onde Paulo está guardado até a execução. Ele interage com Lucas e o apóstolo. O casal, Priscila (Joanne Whalley) e Áquila (John Lynch), conhecidos nas Escrituras por acompanharem o ministério de Paulo, também são importantes no longa.

O que achei...

O roteiro não é linear e pode se tornar confuso para quem não conhece o livro de Atos. Para quem está acostumado com o relato bíblico, é totalmente inteligível. O filme é recheado de flashbacks, o que gerou crítica da imprensa. A produção é mais voltada para cristãos mesmo. Não é possível contar tudo o que Paulo fez em menos de 2 horas. A história renderia uma linda série, com certeza.

Como cristã, super recomendo assistir esse filme. Todo cristão deve conhecer e ser impactado com a história da Igreja Primitiva, as perseguições pelo qual passava e a vida em amor e comunidade em que estavam inseridos. A partir do momento em que estamos confortáveis em nossas vidas, em que não somos confrontados por causa do nosso amor a Jesus, temos a tendência de nos acomodarmos e oferecermos a Deus uma adoração monótona. Porém, Ele pede "sacrifício de louvor". Você tem oferecido algum sacrifício a Deus??

"Paulo, o apóstolo de Cristo" nos lembra o quanto o apóstolo sofreu pela causa do nosso Senhor e o quanto nossos irmãos do primeiro século sofreram para que Palavra de Deus chegasse a nós, hoje. Seja grato! Seja confrontado por esse grande filme!


ASSISTA AO TRAILLER:


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Vamos falar sobre o Arrebatamento da novela da Record?

Todas as crianças sumiram durante o Arrebatamento.
Imagem da novela retirada do site Veja.com.br

"Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, 
assim será também a vinda do Filho do homem." Mt 24:27

Ontem, 6 de fevereiro de 2018, foi ao ar uma das cenas mais esperadas da novela "Apocalipse", da Record TV: o Arrebatamento. A ficção busca retratar os últimos dias em uma visão "pré-tribulacionista" (vertente que acredita que Jesus busca a Igreja secretamente primeiro, em seguida, acontece a Grande Tribulação e Ele volta novamente em grande glória, visível a todos). Eu, particularmente, creio nessa visão mas, de jeito nenhum, vou ousar a pensar como sendo a única proposta correta. Também não estou aqui para discutir se esta, ou aquela, que está certa. O que eu acredito, efetivamente, é que Jesus vai voltar (Ele prometeu e suas promessas nunca falham) e eu vivo a minha vida aguardando e vivendo para Ele. 

Voltando ao assunto da novela... A cena do Arrebatamento foi arrebatadora! Uma sequência enorme de cenas (cerca de 14 min), muito bem editadas e dirigidas e com efeitos especiais fantásticos! O que foram aqueles acidentes de helicóptero e de avião???!!
Mais uma vez, em uma cena esperada, a Record se superou. E o fato deles sempre nos prepararem para os grandes momentos, não perde o sabor... Podemos nos preparar para estar na frente da tela, esperando. Como foi com as pragas no Egito, a abertura do Mar Vermelho, as muralhas de Jericó e os homens da fornalha, mais uma vez, tinha data e hora para o público estar na frente na televisão. E a produção da novela cuidou de cada detalhe.

O Arrebatamento

Como alguém que passou a vida inteira ouvindo sobre o Arrebatamento e a a volta de Jesus, seja em palestras, pregações, músicas ou lendo a própria Bíblia, cada detalhe aconteceu ontem. Teve helicóptero, avião e carros desgovernados, porque os pilotos foram arrebatados. Teve gente aceitando Jesus de verdade, segundos antes do Arrebatamento. Teve gente "aceitando Jesus" e não sendo arrebatado. Tiveram aqueles que todo mundo já sabia que seriam arrebatados e teve sala de aula, berçário e parquinho vazios após o Arrebatamento, pois Jesus levou todas as crianças. E, claro, tiveram aqueles que foram "deixados pra trás", seja porque nem sabiam o que estava acontecendo, seja porque não criam que aquilo iria acontecer um dia. 

Depois da sequência de tirar o fôlego, surge na tela um Sérgio Marone imponente (diga-se de passagem, ele está perfeito nesse papel). Alto, bonito, com presença marcante, vaidade extrema, muita maldade e boa oratória, Ricardo Montana é um Anticristo perfeito. Lembrando que a novela é uma ficção baseada em vertentes teológicas que não são a verdade absoluta, não vamos discutir as origens do personagem também. Vamos nos ater à cena final do capítulo de ontem. O Anticristo olha diretamente para a câmera (achei ousado!) e diz: "Let´s begin! Agora sim, chegou a minha hora!" Li resenha de site que disse que podia ter passado sem essa cena. Gente!! Achei maravilhosa. Achei ousada! Achei tãããão "season finale, partiu pra outra temporada!" Até mesmo, porque a ideia é essa. Agora começa uma nova temporada. 

Ricardo Montana - o Anticristo - finalizou o capítulo do Arrebatamento
preparando o público para os próximos acontecimentos.

Imagem: notíciasdatv.uol.com.br

O que será de quem ficou? Será que vão entender que foi o Arrebatamento? Como irão reagir? E, principalmente, como será o governo do Anticristo na Terra? São as cenas dos próximos capítulos que vão dar um novo ritmo à novela. Agora começam mais cenas de ação, de violência, de suspense... efeitos especiais! Os cavaleiros do Apocalipse entram em ação e, com eles, todos os desastres. E aguardamos que a Record nos surpreenda novamente. 

Momentos, cenas, personagens marcantes

Alguns detalhes me marcaram nesse capítulo. Em primeiro lugar, o caso do Bruno, irmão da Talita... (acho que era esse o nome dele hahah). Ele já estava com coração quebrantado, pois passando perto da pregação, foi atraído e recebeu a salvação naquele momento. Não sabia nada sobre doutrinas e teologia. Ele simplesmente recebeu o Senhor Jesus de verdade e foi arrebatado naquele momento. Isso nos mostra que sempre é tempo. Oportunidades não nos faltam. É preciso correr para o Pai enquanto há tempo.

Zoey, a jornalista famosinha, é a outra personagem que me marcou nesse Arrebatamento. Algum tempo antes, em conversa com os pais, ela havia declarado que sentia saudades da igreja e sabia que estava em débito com o Senhor. Ela foi criada na igreja e era uma moça de fé e princípios. No entanto, a vida profissional e sentimental "engoliram" o tempo com Deus. Jesus já não fazia tanta diferença assim na vida dela. Consequentemente, enquanto o pai e a mãe subiram, ela permaneceu. Quem cresceu na igreja deve conhecer a frase: "Não vai subir pro céu na barra da saia da mãe".

Sobre a novela

Não acompanho "Apocalipse" como acompanhava "Os Dez Mandamentos I e II" e "Terra Prometida". Acho que até "O Rico e o Lázaro" eu vi mais do que a novela atual. No entanto, apesar dos problemas de bastidores (a autora - a sensacional Vivian de Oliveira - não tem muita liberdade de criar, pois os líderes da Igreja Universal interferem no trabalho), a construção dos personagens, como sempre nas obras de Vivian, foram muito bem feitas e culminaram no resultado do Arrebatamento. Contudo, os vários ambientes nos deixam um pouco confusos, assim como a história do serial-killer, especialmente para mim, que não acompanho diariamente a novela. Na minha opinião, a quantidade excessiva de personagens é um problema que às vezes, tende a atrapalhar as obras da autora. 

No entanto, a forma como Vivian de Oliveira consegue relacionar a Bíblia com a ficção, "explicando" para o telespectador como poderia acontecer determinada coisa, é muito interessante. Desde os "Os Dez Mandamentos" percebo essa sensibilidade em relacionar o texto bíblico ao texto da novela. Na minha opinião, nem os acréscimos atrapalham o contexto da Palavra de Deus. É só assistirmos a novela entendendo que aquilo é uma ficção BASEADA em texto bíblico. E "Apocalipse" é um enorme desafio. Cada um pensa de um jeito e ela teve que escolher um lado pra acreditar e investir nele. 


Enfim...

Como disse anteriormente, se vai acontecer ou não dessa forma, nós não sabemos. Só Deus sabe como serão os momentos finais. Mas de uma coisa sabemos: a Palavra de Deus está se cumprindo. O amor está esfriando. A violência está aumentando. Guerras e rumores de guerras estão aí... nação contra nação, filhos contra pais e pais contra filhos. Dói o coração ouvir as notícias.

Eu estou me preparando para a volta do Cordeiro, do meu amado Noivo, que irá me buscar para as Bodas Dele. E você? Está preparado(a)? A novela só deu um gostinho do que irá acontecer. Foi um alerta!






terça-feira, 5 de setembro de 2017

"Raising Hope" - comédia leve e deliciosa

"Raising Hope" foi transmitida pela Fox entre 2010 e 2014. Hoje está disponível na Netflix.

O que me faz trazer essa série para indicar para vocês é o fato de ser muito "leve". É deliciosa em vários sentidos. E tá na Netflix ;)

O seriado conta a história da família "Chance". Uma família com poucos recursos e nenhuma "noção". Jimmy é filho de Burt e Virgínia, um casal que engravidou na adolescência, cresceram juntos, mas não amadureceram. Moram de favor com a avó de Virgínia, mais conhecida por Maw Maw. Certa noite, Jimmy sai em sua van, para buscar um sorvete. No caminho, uma moça aparece correndo de um homem. Ela abre a porta, entra na van e Jimmy salva a jovem, levando-a embora. Ao parar o carro, passam a noite juntos. 

Pela manhã, na mesa de café, a moça levanta para ir ao banheiro. Naquele momento, a família descobre através do telejornal, que recebiam uma serial-killer e chamam a polícia. Meses depois, ela chama Jimmy na cadeia e revela que está grávida, condenada à cadeira elétrica e que ele deveria ficar com o bebê, quando chegasse a hora da condenação. E Hope chega na família, primeiramente com outro nome, que vou deixá-los saber qual é, assistindo a série. O problema todo começa pelo fato de que a família não estava preparada para receber um bebê, nem física, nem emocionalmente. E a evolução dessa "criação" é que norteia a história. 

Em cada episódio, algo acontece. Sempre somos surpreendidos. E na Netflix, é fácil maratonar o seriado. São quatro temporadas, cada uma com 22 episódios de 22 minutos, que passam rapidamente (acabei rapidinho). Os personagens interagem com outros, que complementam a história. Diversos temas são abordados e, mesmo com o tom de comédia, assuntos importantes, como racismo, Mal de Alzheimer, família e, principalmente, o amor, são colocados de forma delicada. 

Apesar das loucuras que acontecem durante a vida de Burt e Virginia, em especial na criação de Jimmy, a família se ama e não consegue se separar. Jimmy trabalha em um mercado, onde conhece Sabrina e os outros personagens e onde se passa boa parte dos acontecimentos. Cada ator dá seu brilho para a série. As atrizes (são gêmeas) que interpretam a Hope, são lindas, mas não vejo assim tanta graça. Percebemos os cortes que são feitos na edição para conseguir captar as reações da menina. No entanto, os outros atores são brilhantes. Tentei escolher um, mas não consegui. Cada um me conquistou de alguma forma.

É uma comédia sem a pornografia e palavrões exagerados que vemos por aí. É leve e inteligente. Para mim, lembra "The Middle" (que por não estar na Netflix eu acabei abandonando). Não posso contar muito. Assista e me conte o que achou. Se eu contar tudo aqui, perde a graça. E com certeza você irá rir e se divertir muito com "Raising Hope". 


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Atypical: sensibilidade na nova série da Netflix

Fonte da imagem: Google
A Netflix lançou mais uma série original. O serviço de streaming anda lançando tantas que não dá nem tempo de ver todas, não é? Mas essa eu indico demais. É bem rapidinha. Como estou de férias, terminei em dois dias. Está na primeira temporada e espero que seja renovada, apesar da Netflix nos matar de tanto esperar... Possui apenas oito episódios de meia hora. Não falei que é rapidinho? Você nem vai sentir o tempo passar. 

A temática

Apesar do tema denso, a série mescla tons de drama e comédia na medida certa. Atypical” trata da vida do adolescente, quase adulto, Sam Gardner (Keir Gilchrist), dignosticado com Síndrome de Asperger, que está entre os Transtornos do Espectro do Autismo. Com 18 anos, chega na fase em que deseja namorar. O problema é que, para ele, se relacionar é bem mais complicado do que para outras pessoas.

A série aborda a temática de forma ampla e sensível: não focando somente na pessoa de Sam, mas levando o público a conhecer os membros da família, seus próprios sentimentos e como o diagnóstico do garoto afetou e continua afetando a relação entre eles. Não sei se seria um spoiler o que vou dizer a seguir (se não quiser arriscar, pare de ler por aqui...), mas não vi outras resenhas falando muito sobre a família de Sam. É claro que o diferencial desse seriado é a forma sensível como o autismo é tratado. No entanto, o que mais me marcou foi o modo como a autora Robia Rashid retratou o aspecto familiar em torno da doença. 

A família

Sam possui pai, mãe e irmã. Uma família tecnicamente normal e unida, mas, durante a série, são descortinados diversos fatores que revelam a dificuldade de cada um em lidar com o autismo dentro de casa. A mãe, Elsa, é a leoa. Que sempre fez tudo pelo filho e, como abriu mão de várias coisas para cuidar dele, diante da possível “independência” de Sam, agora vive um momento de conflitos internos. O pai, Doug, ama o menino, mas teve dificuldades em lidar com a doença do filho diante da sociedade. 

Da família, a personagem mais interessante na minha opinião é a irmã, Casey. A caçula passou a vida como coadjuvante, já que Sam é o centro das atenções. Inteligente e super atleta, nem suas conquistas pessoais a fazem ganhar um pouco da atenção dos pais. No entanto, ama demais o irmão e o protege em ambientes hostis, como no colégio, por exemplo.

Existem outros personagens ainda, que interagem de forma importante na série. Mas se eu contar sobre eles, aí sim seria spoiler. Você vai precisar assistir pra conhecer.

Atypical” aborda os temas adolescentes e os desafios diante de uma doença que sempre foi estigmatizada e pouco conhecida pela sociedade. Mostra sensibilidade ao tratar do assunto na visão do próprio portador de autismo e de sua família. 

Você verá o autismo por outra ótica após assistir essa série. Realmente, vale a pena. Assiste aí e depois me conte o que achou. 


sábado, 29 de julho de 2017

Eu preciso falar sobre "Mr Selfridge"

Jeremy Piven é Harry Gordon Selfridge no seriado que estreou em 2013.
As quatro temporadas da série da ITV estão disponíveis na Netflix.

Para aqueles que curtem o combo "seriado + de época + biografia" vão curtir "Mr. Selfridge". A Netflix e suas infinitas indicações de acordo com as nossas preferências, já me apontava esta série. No entanto, fiquei reticente. Achei que podia ser monótona e muito pesada para minha atual "preguiça mental" para seriados difíceis. 

Depois de uma longa caminhada por seriados de época e que possuíam mulheres como protagonistas (The Crown, Call the midwife, Land Girls, Outlander, The Paradise), finalmente me rendi àquela imagem de um homem poderoso em sua mesa de madeira maciça. E fui positivamente surpreendida. (Adoro quando isso acontece!) E eu "engoli" a série. Assisti um episódio após o outro das quatro temporadas e terminei rapidinho (infelizmente).

Curiosa que sou, entre um episódio e outro, acabei pesquisando sobre o magnata no Google e, é claro, como seria normal de uma biografia, recebi aqueles spoilers direto na face! Mas isso não me atrapalhou em nada. Mr Selfridge já tinha me conquistado.  Figurino, fotografia, cenografia. Tudo impecável! Os atores podem causar certa estranheza a princípio, mas vão se tornando naturalmente parte da nossa família. 


O seriado



Cada personagem traz lições únicas e importantes. Eles se formam e crescem a cada temporada.

Início do século XX, período de grandes mudanças: sociais, tecnológicas ou comportamentais, "Mr. Selfridge" consegue abarcar diversas vertentes. Harry Gordon Selfridge é um estadunidense, visionário. Em viagem à Londres, percebe que aquela cidade, com todo seu potencial, ainda não possuía uma loja de departamentos como a "Marshall Field", onde ele havia sido "formado" profissionalmente. Para você ver que Selfridge está presente hoje ainda, a frase emblemática "O cliente tem sempre razão" é atribuída a Selfridge ou ao seu patrão na Field. No entanto, seu instinto empreendedor, trouxe para a Inglaterra uma nova visão de negócios. Mega promoções e atividades artísticas e culturais eram realizadas na loja e faziam parte das estratégias para atraírem clientes. E publicidade. Ahhh! A publicidade era uma grande paixão de Selfridge, que gastava rios de dinheiro com publicidade em jornais de grande circulação.

A série aborda a vida profissional e pessoal de Selfridge, da ascensão à queda. Caso você pesquise no Google e assista a série, verá que existem algumas diferenças da história real. Porém, isso não abala em nada a qualidade do seriado. Portanto, não vou me ater a repetir o que você pode achar em outros sites. 

Além disso, em uma época em que as roupas eram produzidas artesanalmente e os produtos eram mantidos longe das vistas dos clientes, Selfridge lotava os estoques e deixava à mostra para que todos pudessem ver, tocar e, assim, escolher. A Selfridge´s era uma loja voltada para a classe abastada e, como estratégia, colocou departamentos femininos em evidência, assim como perfumaria e cuidados com a pele. Vitrines eram tão valorizadas por Selfridge, que existiam funcionários com dons artísticos especialmente contratados para pensarem na decoração de acordo com cada campanha ou promoção nova na loja.

O primeiro episódio mostra a inauguração da Selfridge´s e já surgem vários personagens que nos acompanham durante todas as temporadas. As histórias de cada um se misturam com a do próprio Selfridge ou de sua loja. Desde a questão familiar, as aventuras amorosas (que, até mesmo, interferiram nos negócios), a irresponsabilidade com jogatinas, até a forma inovadora de gerenciar a empresa e os funcionários. Os sentimentos são evidenciados e a história de cada um, de Selfridge, seus filhos, gerentes e vendedores, passa a ser envolvente e nos dá a deliciosa sensação de serem parte de nossas próprias vidas. Com sinceridade, quando terminei o seriado, senti muita saudade. 


Por que indico?

Jeremy Piven deixou sua marca e fez um maravilhoso Harry Gordon Selfridge.

Para as quatro temporadas, a passagem de tempo é de cerca de 20 anos, que perpassa diversos acontecimentos da História mundial, como a Primeira Grande Guerra e suas consequências sociais. A passagem de tempo também possibilita vermos as diferenças nos vestuários, maquiagem e no pensamento cultural da época.

Indico, primeiramente, porque sou uma apaixonada por História e esse seriado passa por vários temas interessantes, tais como: a questão da mulher na sociedade, a mudança nos pensamentos culturais com relação ao vestuário, à maquiagem, as consequências sociais de uma guerra, entre outros. Além disso, "Mr Selfridge" é muito bem produzido, com atores ótimos e um figurino impecável. 

A figura feminina também é colocada em evidência. Desde sua mãe, sua esposa, suas filhas, suas amantes, suas funcionárias e suas amigas, diversas personagens fortes e importantes passam pela vida de Selfridge. Apesar dos momentos que revelam a fraqueza de Selfridge diante de um "rabo de saia", também existem os conselhos das mulheres, que ajudam o empresário em vários dilemas. No entanto, ele também faz a diferença na vida de algumas personagens, como suas funcionárias, quando lhes oferece e possibilita oportunidades de crescimento profissional, em um momento em que a mulher era desvalorizada e só servia para ser dona de casa e mãe, ele valoriza a mulher como profissional. E isso é bem pontuado na série. 

Na série existe uma clara demarcação entre as mulheres que são "diversão" e as que "são levadas a sério" na vida de Selfridge. Personagens como a esposa Rosie, a mãe Lois, a amiga Lady Mae e as a funcionárias Agnes Towler, Miss Mardle e Kitty fazem parte do mundo "sério" feminino da vida de Selfridge no seriado. Cada uma com sua parcela de importância, seja na vida pessoal do magnata ou na rotina da loja. No caso das funcionárias, é interessante vermos a visão diferenciada que Selfridge possui diante de um período ainda machista da história. 

"Mr. Selfridge" me marcou em tantos níveis que é difícil descrever. Para mim, foi mais que um entretenimento qualquer. É entretenimento com aprendizado e reflexão. Assista "Mr. Selfridge" com olhar crítico. Mesmo sabendo que não é fiel à verdadeira história de Selfridge, as partes importantes, que revelam os erros e acertos desse homem visionário, estão ali para assistirmos. 


Alguns links interessantes, caso você deseje conhecer mais sobre o empresário que mudou a visão do comércio:

Vídeo produzido pela Selfridge´s com os atores de "Mr. Selfridge"

Texto interessante sobre a vida de Harry Gordon Selfridge

Texto sobre as diferenças entre a história real e a ficção (em inglês)


Assista e me conte suas impressões sobre "Mr. Selfridge".

E agora? Qual seriado você me indica??

terça-feira, 4 de abril de 2017

"13 reasons why": um recado para os pais de adolescentes



Preste atenção ao que seu filho está assistindo. Tem um seriado novo da Netflix, que se chama "13 reasons why".
A princípio, ela parece mais uma série de adolescentes no Ensino Médio, tempo em que os colegas são maus e o bullying é algo bem constante. 
O seriado é sobre uma menina que comete suicídio e deixa várias fitas cassete que explicam as razões pelas quais ela decidiu se matar. As razões são vários colegas da escola, que praticam assédio e cometem bullying contra ela, consciente ou inconscientemente (apesar de que ninguém é cruel com outro alguém de forma inconsciente). Na série, os pais estão processando o colégio por ter sido negligente com a filha.
O assunto bullying está em voga nos últimos anos e deve sim, ser discutido. Mas, nesse caso, o assunto central é o suicídio da menina.
A série retrata temas importantes e isso é inegável, mas será que os adolescentes estão com a mente preparada para a forma como a série retrata o assunto? Talvez sirva de gatilho para as emoções em ebulição da adolescência.
Grande parte dos adolescentes é dramático por natureza e muito focado no "agora". 
Não digo para não os deixarem assistir, mas para ficarem atentos, tanto à série e o que ela aborda, quanto ao comportamento do seu próprio filho.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"La La Land" e o preço do sucesso (Carta Capital)

Copio aqui um artigo da revista "Carta Capital", que fala bastante das minhas percepções sobre este filme. Além da produção ser linda, a temática é realmente diferenciada e vai além do "Felizes para sempre".

O musical tem como tema a busca de jovens artistas pela realização profissional. 

A espetacular cena de abertura de La La Land, um plano aberto quase sem cortes, tem a força de demover até o mais cáustico dos críticos de musicais. Dezenas de motoristas saem de seus carros para dançar, rodopiar e saltar entre e sobre os veículos, presos em meio ao trânsito caótico no viaduto de acesso à cidade de Los Angeles.
Tudo é perfeitamente sincronizado e grandioso em uma película filmada em cinemascope, como nos antigos musicais de Hollywood.
É um convite certeiro para mergulhar na história romântica de Mia (Emma Stone), uma aspirante a atriz, e Sebastian (Ryan Gosling), um pianista de jazz em busca da fama. Os dois, como milhões de jovens no mundo todo, também estão presos no trânsito e em vidas que ainda não decolaram.
Terceiro filme de Damien Chazelle (que escreveu e dirigiu Whiplash – Em busca da perfeição), La La Land – Cantando estações recebeu inéditos sete Globos de Ouro, vem abocanhando outros cobiçados prêmios e lidera a bolsa de apostas para ser o grande vencedor do Oscar.
Não é difícil analisar sob essa ótica: trata-se de um filme que rende generosas homenagens ao cinema e à música, em que nem os clichês desagradam, revela com certa criticidade a difícil trajetória para o estrelato e preenche a grande tela com memoráveis números musicais, como a dança de Mia e Sebastian levitando dentro um planetário. Só não espere sair do cinema com reflexões nas alturas.
Sem ser excessivos, os números musicais (com trilha sonora assinada por Justin Hurwitz) constroem uma narrativa que opta por ser mais singela e menos aprofundada sobre quem são Mia e Sebastian.
Passagens que poderiam ser mais bem exploradas, como a da peça que ela escreve e em que atua ou a da submissão dele às regras de uma banda de jazz moderno (capitaneada pelo cantor John Legend) para o qual é convidado, apenas tangenciam o drama contido nelas. Os personagens aceitam os destinos que lhes são impostos em nome do sucesso. Mas isso não reduz a mensagem que Chazelle quis transmitir.
Os musicais dos anos 1940 e 1950, embora os personagens pudessem conquistar tudo o que desejavam, traduziam uma época em que valores pessoais, como amor e sentimento, tinham mais relevância do que uma carreira. La La Land mostra que, nos dias de hoje, a ambição profissional fala mais alto e que a felicidade pode encontrar-se na realização do indivíduo.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/936/la-la-land-e-o-preco-do-sucesso