quarta-feira, 7 de outubro de 2015

"Crônicas de Nárnia" - Um convite para sonhar

O leão Aslam e a pequena Lúcia
#Essa é a primeira das resenhas que pretendo escrever relacionadas às Crônicas de Nárnia. Depois da Bíblia, sem dúvida, meu livro preferido. Recomendadíssimo!


Após o sucesso dos filmes “Crônicas de Nárnia – O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, “Crônicas de Nárnia 2 – O Príncipe Caspian” e "Crônicas de Nárnia - A viagem do Peregrino da Alvorada" a série, antes desconhecida, de livros do autor C.S Lewis passou a ser conhecida e procurada no Brasil.



O volume completo de “Crônicas de Nárnia” é composto por sete crônicas, sendo que as filmadas são relativas a segunda, quarta e quinta fábulas da série.


O autor

C.S Lewis era um irlandês cristão, intelectual e estudioso, contemporâneo de J.R.R Tolkien, autor da série “O Senhor dos Anéis”. Lewis teve como intenção inicial nesse livro, escrever histórias infantis, mas elas, até hoje, atraem jovens e adultos. Com uma temática fantástica e um enredo cristão, o autor consegue abranger toda a história bíblica através dos personagens.


Analogia bíblica

“O Sobrinho do Mago” é a primeira crônica e faz uma alusão ao livro de Gênesis, onde ocorre a criação do mundo através da palavra de Deus. O leão Aslam, personagem central das “Crônicas” e uma figura do próprio Jesus, traz Nárnia à vida através de palavras e do seu sopro (João 1:1-5). Em meio às viagens entre o mundo real e a terra de Nárnia, as primeiras crianças conhecem essa nova realidade, que pode ser comparada ao Jardim do Éden.

Nárnia é um país perfeito, onde tudo está em sintonia e as criaturas são animais falantes, anões, gigantes entre outras criadas pela imaginação do autor e/ou comuns em contos de fadas. Os homens e mulheres, aqui chamadas de “Filhos de Adão” e “Filhas de Eva”, sempre aparecem para retomar a paz e liberdade a Nárnia, já que são eles que sempre reinam sobre o país.

A primeira vez que o equilíbrio em Nárnia é quebrado foi através da entrada e reinado da Feiticeira Branca, que traz um inverno de 100 anos ao lugar. Essa é a temática da segunda crônica: “A leão, a feiticeira e o guarda-roupa”. É nessa história que os irmãos Pedro, Susana, Lúcia e Edmundo aparecem pela primeira vez, após chegarem a Nárnia através de um velho guarda-roupa.

Para entender a ligação entre o guarda-roupa e Nárnia é preciso ler a primeira crônica, assim como ler, sequencialmente, cada uma delas para que se entenda toda a história de Nárnia, relatada pelo autor do princípio ao fim (de Gênesis a Apocalipse). Para quem conhece as histórias bíblicas, irá se divertir tentando entender o que se passava na mente do autor quando criou cada personagem. Cada detalhe da história pode ser considerado uma alusão aos acontecimentos bíblicos.

Mais detalhes sobre as Crônicas e o volume único

As sete crônicas não foram escritas na ordem que foram colocadas no Volume Único, no entanto, ao ler, percebemos que, assim, a cronologia faz algum sentido e fica bem mais fácil entender sobre certos acontecimentos.

Entre as histórias, a única que não contém nenhuma viagem entre o “mundo real” e Nárnia é “O Cavalo e seu menino”. Nessa, todos os personagens estão em Nárnia e, apesar de parecer meio perdida dentro das outras, é linda e possui lições de vida maravilhosas.

O volume único, que abarca todas as sete crônicas ainda traz um presente no final: um texto do autor sobre “Três maneiras de se escrever para crianças”, que relata a opinião de Lewis sobre o processo de criação de um livro infantil.

“Crônicas de Nárnia” não é somente mais um livro de ficção. São mais de 700 páginas de aprendizado, educação e diversão. É um convite ao retorno para o mundo infantil da imaginação, porém, sem futilidades. Crianças podem sonhar e “Crônicas de Nárnia” prova que adultos também.

Nenhum comentário: