sábado, 5 de junho de 2010

"Crônicas de Nárnia" - Um convite para sonhar


Após o sucesso dos filmes “Crônicas de Nárnia – O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” e “Crônicas de Nárnia 2 – O Príncipe Caspian”, a série, antes desconhecida, de livros do autor C.S Lewis passou a ser conhecida e procurada no Brasil.
O volume completo de “Crônicas de Nárnia” é composto por sete crônicas, sendo que as que foram filmadas são relativas a segunda e a quarta fábulas da série.
C.S Lewis era um irlandês cristão, intelectual e estudioso, contemporâneo de J.R.R Tolkien, autor da série “O Senhor dos Anéis”. Lewis teve como intenção inicial nesse livro, escrever histórias infantis, mas elas, até hoje, atraem jovens e adultos. Com uma temática fantástica e um enredo cristão, o autor consegue abranger toda a história bíblica através dos personagens.
“O Sobrinho do Mago” é a primeira crônica e faz uma alusão ao livro de Gênesis, onde ocorre a criação do mundo através da palavra de Deus. O leão Aslam, personagem central das “Crônicas” traz Nárnia à vida através de palavras e do seu sopro (João 1:1-5). Em meio às viagens entre o mundo real e a terra de Nárnia, as primeiras crianças conhecem essa nova realidade, que pode ser comparada ao Jardim do Éden.
Nárnia é um país perfeito, onde tudo está em sintonia e as criaturas são animais falantes, anões, gigantes entre outras criadas pela imaginação do autor e/ou comuns em contos de fadas. Os homens e mulheres, aqui chamadas de “Filhos de Adão” e “Filhas de Eva”, sempre aparecem para retomar a paz e liberdade a Nárnia, já que são eles que sempre reinam sobre o país.
A primeira vez que o equilíbrio em Nárnia é quebrado se dá através da entrada e reinado da Feiticeira Branca, que traz um inverno de 100 anos ao lugar. Essa é a temática da segunda crônica: “A leão, a feiticeira e o guarda-roupa”. É nesse história que os irmãos Pedro, Susana, Lúcia e Edmundo aparecem pela primeira vez, após chegarem a Nárnia através de um velho guarda-roupa.
Para entender a ligação entre o guarda-roupa e Nárnia é preciso ler a primeira crônica, assim como ler, sequencialmente, cada uma delas para que se entenda toda a história de Nárnia, relatada pelo autor do princípio ao fim (de Gênesis a Apocalipse). Para quem conhece as histórias bíblicas, irá se divertir tentando entender o que se passava na mente do autor quando criou cada personagem. Cada detalhe da história pode ser considerado uma alusão aos acontecimentos bíblicos.
Das sete crônicas, a única que não contém nenhuma viagem entre o “mundo real” e Nárnia é “O Cavalo e seu menino”. Nessa história, todos os personagens estão em Nárnia e como todas as outras narrativas, possui lições de vida maravilhosas.
O volume único, que abarca todas as sete crônicas ainda traz um presente no final: um texto do autor sobre “Três maneiras de se escrever para crianças”, que relata a opinião de Lewis sobre o processo de criação de um livro infantil.
“Crônicas de Nárnia” não é somente mais um livro de ficção. São mais de 700 páginas de aprendizado, educação e diversão. É um convite ao retorno do mundo infantil da imaginação sem futilidades. Crianças podem sonhar e “Crônicas de Nárnia” prova que adultos também.

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